domingo, 25 de abril de 2021

Review - Castlevania 2: Belmont's Revenge (Game Boy)

 


Castlevania 2: Belmont's Revenge
Game Boy
Konami
1991




Christopher Belmont ao resgate




Castlevania 2: Belmont’s Revenge é um game de Ação e Plataforma side scrolling 2D. Desenvolvido e publicado pela Konami, foi lançado para o Game Boy em Julho de 1991 no Japão, Agosto de 1991 nos Estados Unidos e Novembro de 1992 na Europa; houve dois relançamentos do game: Para o Game Boy em Fevereiro de 1998 no Japão na coletânea Konami GB Collection Vol.3, e para o Game Boy Color em Julho de 2000 na Europa na coletânea Konami GB Collection Vol.4. No Japão o game se chama Dracula Densetsu 2.

O game é o segundo da franquia no Game Boy, e na linha do tempo da franquia se passa depois do Castlevania: The Adventure e antes do primeiro Castlevania. Na minha opinião, da trilogia do Game Boy, Belmont’s Revenge é o melhor em todos os quesitos e vocês vão saber o porque, e é um dos únicos jogos da franquia ao lado do Symphony of the Night onde temos que resgatar um Belmont. E é um game que me divertiu e frustrou ao mesmo tempo, e vocês vão perceber isso agora na matéria logo abaixo. Então! Preparem suas cruz, água benta, machado, crucifixo, e vamos embarcar nessa aventura.

Capa japonesa do game. Nome japonês do game. E que capa feia hein. O Drácula parecendo robô, o Nicolas Cage do lado esquerdo e o Christopher Belmont pintado de amarelo parecendo integrante do Manowar. Que escrotice de capa hein Konami.
Capa europeia. É igual a versão americana. A única mudança é a coloração que está mais clara. Apesar de só ser decente, é muito melhor que a capa japonesa, isso não tem nem comparação.
Tela título do game. Apesar de ser simples, eu acho ela bonita. Uma simplicidade que me agrada.










Vou comparar bastante esse Castlevania com os outros dois de Game Boy: The Adventure e Legends. Aliás, o Game Boy tem a sua trilogia própria, que é bem peculiar comparando com o resto da franquia.




ENREDO

 

Belmont’s Revenge se passa 15 anos depois do jogo Castlevania: The Adventure. Christopher Belmont consegue derrotar Conde Drácula e destruir o castelo do vampirão, porém, Drácula usou o restante dos seus poderes mágicos para transformar seu corpo em névoa e assim conseguindo escapar. Drácula estava bastante enfraquecido e por isso não conseguiu se transformar na sua forma humana novamente, ele decidiu esperar e reconstruir suas forças das trevas. Ele jurou Christopher e sua família de vingança. Passado os 15 anos, uma cerimônia foi realizada na Transilvânia. O filho de Christopher Belmont, Soleiyu Belmont, tinha envelhecido, e já era a hora de Christopher passar o título de caçador de vampiros a seu filho, e essa cerimônia era pra comemorar essa passagem de bastão dos Belmont. Todo o pessoal da cidade se alegrou com esse momento esperando que os Belmont trouxessem a paz na região para sempre. Mas como estamos falando de Castlevania, e se tivesse paz não teria jogo. Na manhã seguinte à cerimônia, descobriram que Soleiyu havia desaparecido no ar. A cerimônia era a chance que Drácula tanto esperava. Soleiyu recebeu grande poder sagrado na cerimônia para marcar sua idade adulta, e Drácula usou o restante dos seus poderes para fazer com que os poderes de Soleiyu virassem contra ele, e assim transformando o filho de Christopher num demônio, e ajudado pela forma demoníaca de Soleiyu, Drácula conseguiu assumir sua forma humana. No mesmo dia só que de noite, à nordeste da aldeia, surgiram quatro castelos, e escondido em um lago no centro desses castelos, estava mais um castelo, e esse castelo é o novo covil do Conde Drácula. Depois de saber do sequestro do filho e de que ele havia sido transformado em um demônio pelo Drácula, Christopher resolveu ir em busca de salvar seu filho das garras do vampirão e libertá-lo do poder demoníaco, e assim também acabar com os planos maléficos do Drácula e reestabelecer a paz na Transilvânia. Como puderam perceber, a história é muito boa e não está para brincadeiras, e até profunda se comparar com outros jogos da franquia. A história é um bom pontapé inicial para elogiar bastante esse game.

Se na tela título o jogador não apertar nada, aparece a história do game. O único porém é que o enredo passa muito lentamente, e pra quem não tem paciência, esquece!
Momento icônico que Christopher Belmont encontra seu filho Soleiyu. Sobre essa luta, eu tenho muito o que falar dela. Muito mesmo.












Tenho que dar créditos a Konami por fazer uma história que além de boa tem uma certa profundidade. Se comparar com aquela coisa do Simon's Quest, o enredo de Belmont's Revenge é de filme hollywoodiano.




O JOGO

 

Apesar de ter 5 castelos no game, não são 5 fases e sim 8 fases. Os 4 castelos são sim 4 fases, mas o quinto castelo tem 3 fases. O legal desse Castlevania, é que o jogador pode escolher em qual fase jogar das 4 iniciais, e sim é bem no estilão Mega Man, o quinto castelo só é destravado caso o jogador tenha passado pelos 4 iniciais, e como todo Castlevania clássico de plataforma, no final de cada fase tem o chefão, só que aqui funciona um pouco diferente: para poder destravar a luta é necessário pegar um item para poder começar a batalha, esse item lembra muito a Crystal Ball, pode ser que faça parte do enredo; é uma coisa útil? Não acho! Mas é inovador para a franquia, e até curto essas inovações. Uma coisa da franquia que não tinha no The Adventure e voltou aqui em Belmont’s Revenge foi o uso das armas especiais, típicos de toda a franquia. Aliás, é hora de falar dos itens do game:

·       Battle Axe: É o machado. E como toda a franquia, ele é arremessado em forma de parábola. Muito útil para acertar inimigos no alto.

Um dos subitens mais icônicos da franquia, aqui ela está de volta. E garanto a vocês que ela é muito mais útil que possa parecer.
Uma regra que vocês tem que ter em mente é o seguinte: usem o machado! É a melhor arma do game. Praticamente essencial em boa parte do game para evitar mortes baratas.











·       Holy Water: A icônica água benta. Aqui ela funciona do mesmo jeito, tacada no chão ela vai queimando os inimigos. Mas não fiquem animados, aqui ela não é tão boa não.

É o subitem mais apelão da franquia na fórmula clássica nos 8 bits. Só que aqui ela é fraca e pouco útil.
Para acetar os inimigos ela até que é útil, mas para os chefões ela é quase uma inutilidade. Aqui ela foi reduzida drasticamente seu poder de fogo.












·       Cross: A cruz bumerangue. Quando atira esse item, ela vai e volta para o jogador. Pode ocasionar até dois hits nos inimigos. Uma curiosidade, é que essa arma não existe na versão americana, ela é exclusiva das versões japonesa e europeia, que por sinal, a Cruz na versão americana é trocada justamente pelo Machado.

Vou confessar uma coisa a vocês: é o subitem que eu mais adoro da franquia. Se bem que aqui ela não é tão confiável assim para acertar os inimigos.
Pelo menos com seu jeitão bumerangue, ela continua sendo mais útil que a Água Benta, mas ainda sim prefiro o Machado.












·       Heart: Item que aumenta a munição das armas de Christopher. Os corações pequenos adicionam 1 de munição, e os corações grandes aumentam 5 de munição.

Esse é o coração pequeno. É o mais comum, e é até dropável de alguns inimigos.
E esse é o coração grande que só é encontrado nas velas. Eu diria que é essencial pegar os corações, pois vão precisar usar bastante as armas.












·       Coin: Uma moeda que dá 700 pontos no score. E é importante pegar esse item, pois aqui ganha vidas através da pontuação.

Pode parecer um item inútil, mas não. Peguem bastante as moedas, pois vidas aqui valem ouro.
A única forma que eu consigo ganhar vidas é através do score. Além de pegar as moedas, matem os inimigos, isso é fundamental para ganhar mais vidas.











·       Crystal Ball: Aumenta a força de ataque do chicote na primeira que o jogador pega. Se o jogador tiver com o chicote máximo, se pegar uma segunda vez esse item, o jogador ganha um chicote que atira um projétil de fogo, e diferente do The Adventure, aqui o jogador não perde esse upgrade com um dano, aqui com vários danos o jogador perde o upgrade.

Esse upgrade tinha no The Adventure, mas lá era uma porcaria pois é a única forma de deixar Christopher com poder de fogo maior.
Aqui em Belmont's Revenge, além de ganhar o chicote de corrente o jogador pode ganhar o upgrade de atirar projéteis de fogo, que ajudam demais no game. Aqui é bem mais justo, pois só perde levando vários danos.










“”Aaahhh Weslley! Você esqueceu de mencionar algum item que recupere life””. Não! Não eu não esqueci! Nesse jogo não existe item para recuperar life, é o mesmo life desde o começo da fase. É isso mesmo! Vou falar sobre isso na dificuldade, mas já adianto, isso é 8 ou 80. Na parte de baixo da tela há várias informações. No lado esquerdo tem duas barras de life: a do jogador com a letra P (deve ser de Player) e a dos chefões com a letra E (deve ser de Enemy); no lado direito tem a quantidade de corações e embaixo tem o time (reloginho do jogo); e pausando o jogo aparece mais informações: além dos corações e do time, aparece no lado direito o score do game e embaixo tem as vidas do jogador. Aliás, sobre as vidas, eu vi no GameFAQS que há vidas escondidas nas fases, porém como eu nunca achei, não sei responder se existe esse item, e para ganhar vidas é necessário pontuar no score, para pontuar além de pegar as moedas tem que derrotar os inimigos e no final de cada fase ter bastante corações restante e o relógio não ter pouco tempo restante, e para ganhar vidas no game no score é com a somatória de 30.000 pontos, iniciando a contagem a partir de 20.000 pontos, ou seja, 20.000, 50.000, 80.000 e etc. Nas fases, uma coisa muito boa, é que tem escolhas de caminhos, é bem verdade que os caminhos levam para o mesmo destino, mas é legal ter essa variação no game e no level design. Só achei muito estranho, em todas as versões do game só ter duas armas de auxílio, sendo que nos outros jogos da franquia tem mais de 3 armas, mas pelo menos é melhor do que não ter nenhuma (NÉ THE ADVENTURE), e mais uma coisa a se ressaltar, é que aqui nesse jogo também não temos escadas, para progredir verticalmente no jogo é necessário subir nas cordas, assim como é no The Adventure e no Legends, aliás pessoal, essa é uma característica que é peculiar na trilogia de Game Boy, não existir escadas e sim cordas. Rapaz! O game apesar de simples tem até conteúdo razoável para um game 8 bits no portátil tijolão da Nintendo.

Para poder enfrentar os chefões das fases, é necessário pegar essa bolinha aí. Sinceramente, acho meio inútil essa mecânica, mas é bom ter uma coisa peculiar na franquia.
Na trilogia do Game Boy, não existe escadas, e sim cordas. Só que nesse jogo é mais prazeroso subir pelas cordas e atirar machados nas cordas é muito mais legal.











O jogo é rico em conteúdo, mesmo que algumas coisas foram reduzidas se for comparar com os outros jogos da franquia, o maior exemplo é ter somente duas armas auxiliares.




GRÁFICOS

 

O jogo tem belíssimos gráficos, e é inacreditavelmente melhor que o Legends. Detalhe: Belmont’s Revenge é de 91, Legends é de 99, complicado hein Konami. O jogo dá voltas e voltas nesse quesito em relação ao The Adventure (não é feio mas é um pouquinho pobre). Os sprites são até bem desenhados, bem animados, mas no Game Boy tem jogos que tem sprites bem melhor desenhados. O Christopher mesmo é quase que o mesmo do The Adventure, sem grandes evoluções, mas uma grande evolução que vejo é que Christopher já é mais fluído nas suas animações, no jogo anterior parecia um senhor com problemas de saúde. Mas os inimigos, esses sim foram bem feitos. Uns inimigos voltaram do The Adventure como um que atira esferas, onde no jogo anterior parecia até uma mão, e os inimigos inéditos são também bem animados e desenhados, os chefões são grande destaque pois eles são maiores que os inimigos normais e bem detalhados, até mesmo Soleiyu e Drácula são muito bem feitos. Mas meus amigos, os cenários são de cair o queixo, pois eles são sensacionais, com belos detalhes, e com backgrounds com pixel art de muito bom gosto, tem cenários que inclusive possuem animação ao fundo dando vivacidade ao jogo, e alguns cenários de fundo possuem efeitos de parallax. São detalhes ditos que faltam no Castlevania Legends, que para um jogo de 1999 é vergonhoso ser inferior a um game de 1991. É muito difícil falar que esse quesito é o melhor do game, pois a jogabilidade e o áudio disputam cabeça a cabeça. Enfim, quem for jogar, apenas contemplem os belíssimos cenários.

Plant Castle é uma das fases mais bonitas do game. Seu background com animações, cenário rico em detalhes, fazem essa fase ser um ótimo exemplo do quão é lindo esse game. A Konami caprichou.
A primeira das últimas fases já bota de cara esse lindo pixel art no cenário. Olha que coisa bonita! Linda! Como diria Seu Madruga: "coisa bonita, coisa formosa, coisa bem-feita".











Os desenvolvedores estavam muito inspirados ao fazer os gráficos, são belíssimos do início ao fim. Uma pena a Konami não ter tido a mesma inspiração no Castlevania Legends.




ÁUDIO

 

Antes de falar desse quesito técnico, vou falar o nome do compositor do game. Quem trabalhou nas músicas foi Hidehiro Funauchi. Hidehiro trabalhou somente na Konami, se vocês virem jogos da Ultra Games, é Konami também tá galera. Essa história de Ultra e Konami é pra outro dia eu contar. Bem, Hidehiro tem um currículo curto, mas pelo menos é um currículo muito bom. Os jogos que Hidehiro trabalhou são:

·       Twinbee 3: Poko Poko Daimaö (Famicom)

·       Castlevania: The Adventure (NES)

·       Quarth (Game Boy)

·       Skate Or Die! Bad ‘N’ Rad (Game Boy)

·       Operation C (Game Boy)

·       Parodius (Game Boy)

·       Blades of Steel (Game Boy)

·       Tiny Toon Adventures: Babs’ Big Break (Game Boy)

·       Zen: Intergalactic Ninja (Game Boy)

·       Kid Dracula (Game Boy)

·       Policenauts (PlayStation/Sega Saturn/3DO/PC-98/PSP/PlayStation 3/PS Vita)

·       Gradius: Deluxe Pack (PlayStation/Sega Saturn/PC)

·       Nagano Winter Olympics ’98 (PlayStation)

E por que eu falei do compositor antes de falar do quesito técnico em si? PORQUE AS MÚSICAS SÃO UMA DELÍCIA!!! Nenhuma, e eu vou repetir, NENHUMA, nenhuma música é mediana! Todas as músicas são muito boas ou até mesmo sensacionais. É de longe, da trilogia do Game Boy, o melhor Castlevania na soundtrack. Se conseguirem baixar a OST, baixem, pois vale muito a pena escutar, ou vão no YouTube mesmo. Não tenho como destacar minha música favorita pois eu adoro todas, mas se eu tiver que destacar duas, são: New Messiah (tema da fase Crystal Castle) e Chromatische Phantasie (tema da batalha contra Soleiyu), que aliás essa última eu diria que escutei mais do que eu devia e na dificuldade vocês vão entender o porque. Os efeitos sonoros são muito agradáveis, e até padrão Konami, pois é possível perceber até que alguns efeitos sonoros são reciclados em outros jogos. Mas enfim, para o Game Boy, que tinha um timbre bem agudo, os efeitos sonoros são muito bons e agradáveis. As músicas, eu só digo uma coisa: muito obrigado Hidehiro Funauchi pelo excelente trabalho!!!

Este senhor é Hidehiro Funauchi. Este senhor fez simplesmente uma das obras-primas do Game Boy na parte das músicas. Que OST maravilhosa meus amigos! Escutem ela inteira se puder.
Belmont's Revenge tem uma trilha sonora bem marcante. Mas a dessa fase... Que música! Ou como diria meu amigo Sam Retrozera: "MUSICÃO!!!"
A luta contra Soleiyu tem uma música que tem um piano tocado em forma de 8 bits. Eu gosto bastante da música. Só uma pena a luta contra esse cidadão, não acompanhar a boa música. Na dificuldade entenderão minha frustração quanto a esse cara.









As músicas de Belmont's Revenge merece o selo Jaílson Mendes: "QUE DELÍCIA CARA!" Sério! Que OST maravilhosa. Obrigado Funauchi pelo excelente trabalho.




JOGABILIDADE

 

Os controles são bem simples, sólidos, responsivos, já padrão Castlevania clássico de plataforma. Botão B ataca, botão A pula, direcionais movimentam Christopher, segurando o direcional para cima e apertando B Christopher ataca com as armas auxiliares, quando Christopher estiver agarrado na corda segurando para cima ou para baixo movimentam Christopher nas cordas e segurando o direcional para baixo e apertando A Christopher desliza na corda, e esse movimento será muito útil em muitas partes do game. Pra falar sobre as cordas, esse game é o que melhor trabalha esse sistema, pois nos outros games, agarrar na corda é um martírio pois parece que tem que ser exatamente no ponto correto para agarrar, aqui em Belmont’s Revenge, basta pular na corda que Christopher agarra automaticamente. Mas... Uma coisinha que esse game me agrada até mais que muitos outros jogos de plataforma, é a sua física. Tirando o Super Castlevania IV, os outros jogos, caso o jogador caia da plataforma sem pular, o personagem cai reto e que nem uma rocha, parecendo que tem alguma coisa puxando, mas aqui em Belmont’s Revenge, o personagem cai mais suavemente e cai para frente, e essa física é muito boa e me agrada bastante, coisa que até o meu jogo preferido o Rondo of Blood é uma merda a física; porém, o pulo continua aquela coisa travadona de sempre. Pulou e errou o cálculo amigão? Se fudeu se fudeu o problema é seu! A jogabilidade é muito boa e me agrada bastante, até mesmo que outros jogos desse estilo.

Assim como em Mega Man, aqui o jogador pode escolher em qual fase queira ir. É algo que só voltou a ter no Rondo of Blood. Mega Man parece uma escola de programar jogo hein. Que bom que aqui não tem aquela bosta de Boss Rush!




Agarras as cordas nesse jogo é muito melhor que nos outros dois de Game Boy. Aqui o jogador só precisa ir em direção da corda e segurar pra frente que Christopher agarra automaticamente. Nos outros parece que tem que ser pixel perfect.





A física do game é a segunda melhor da franquia, só perde pro Super Castlevania IV. Aqui Christopher não cai que nem pedra, além de cair suavemente ele cai para frente, evitando mortes baratas de cair nos buracos. O pulo ainda é aquela coisa horrível.









Belmont's Revenge tem de longe a melhor jogabilidade da trilogia do Game Boy. Além de ter controles bem sólidos e fluídos, sua física é muito agradável e justa no desafio, coisa que só o Super Castlevania IV proporciona.




DIFICULDADE

 

Tava tudo muito bom, muito bonito. Mas agora, é hora de falar do quesito mais controverso desse game. A dificuldade é típica Castlevania mesmo, porém, eu diria que é uma gangorra. Ela oscila muito todo o game. A gangorra, é porque pelo menos as fases iniciais a dificuldade não é tão alta não, eu diria que é aceitável até, mas as últimas fases o nível sobe de uma maneira muito rápida. As fases têm algumas pegadinhas como inimigos que estão posicionados para ferrar o jogador, espinhos posicionados em locais bem enjoados e plataformas quebráveis, são alguns empecilhos que o jogador vai ter que enfrentar para prosseguir no game, e isso tudo sem ter itens de recuperar life, pode virar um pandemônio pro jogador tentar não perder vida e querer zerar o jogo. Mas nada! Nada mesmo! Tem exemplo melhor de gangorra, que os chefões. Os 4 primeiros chefões, caso os jogadores decorem o padrão de ataques, eles ficam até fáceis de se derrotar. Mas meus amigos... Os últimos chefes do quinto castelo sobem a gangorra absurdamente. Eu tenho a falar bastante do Soleiyu. Caralho! Já vi chefes apelativos, mas o Soleiyu parece que fez pós-doutorado na escola de apelatividade do Shao Kahn. Acho que Shao Kahn entregou pessoalmente o diploma, porque puta merda! Que chefe apelão! É muito difícil, quase não tem padrão de ataque, o chicote e as cruzes tiram dois de life, os ataques dele são de grande alcance e as lanças são muito difíceis de desviar. E isso tudo somando a arena de batalha que é uma bosta essa merda de desnivelamento das plataformas. É um filho da puta esse corno! Se chegarem nesse baitola, preparem 200 vidas para perder, e acho que esse cretino é necessário sorte para derrotar. Como eu odeio o Soleiyu. E o pessoal da geração atual reclamando de Cuphead e Dark Souls. Vão tomar no cu geração bumbum guloso! O Drácula por incrível que pareça, é difícil mas não a nível Soleiyu. Depois de umas vidas perdidas, o jogador vai conseguir descobrir como desviar das esferas que o Drácula solta. O Drácula requer paciência para derrotar, pelo menos não é o Conde Drácula do Dracula X né! Hehehehehehehe! Pelo menos o level design é muito bom, criativo e que não ferra o jogador o tempo todo, onde o jogo demonstra que o jogador tem que ter habilidade e não sorte para avançar no game. A dificuldade é oscilante e é uma gangorra, mas olhando melhor e com menos senso crítico e hater, Belmont’s Revenge chega a ser agradável perto do Dracula’s Curse, Castlevania 1 e Castlevania: The Adventure.

Esse é um dos 4 chefões iniciais. Se souber o padrão de ataque, ele fica muito fácil, assim ocmo os outros 3 chefões. Mas depois meus amigos! Se preparem pois o caldo azeda de uma vez.
Gente! Olhem só essa merda! Olha o conjunto de bosta que é essa luta! Campo de batalha desnivelado, Soleiyu jogando lanças, ele parte pra cima com tudo, chicoteia sem dó. É um filho de rapariga esse corno! Se chegarem nesse imundo, preparem o cú de vocês, pois Soleiyu não irá perdoar!
O Dracula é difícil, mas ainda sim pode ser fácil. Se o jogador decorar onde tem que desviar das bolas, a batalha fica degustável, mas até lá, preparem umas vidas perdidas. Mas comparando com Soleiyu, isso aqui é brincadeira de criança.










Belmont's Revenge poderia ser um jogo mais justo, se não fossem as últimas fases serem um porre e Soleiyu ser um filho da puta discípulo do Shao Kahn. Mas sinceramente, tem jogos que são muito mais difíceis que ele, então ainda sim a dificuldade desse game aqui é boa.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Castlevania 2: Belmont’s Revenge é um excelente Castlevania, e é o que tirou melhor proveito do hardware do Game Boy. Tirando a dificuldade que pode ser amedrontadora em certas partes (né Soleiyu filho duma...), o restante é muito bom, é ótimo. Gráficos excelentes, músicas deliciosas, efeitos sonoros muito agradáveis e jogabilidade ótima com uma física bem agradável, é muito mais do que recomendado não só para os fãs da franquia, mas também para quem curte um bom e clássico Plataforma 2D. Acho esse game pouquíssimo lembrado ou até então desconhecido por boa parte dos fãs da franquia da fórmula clássica. Portanto! Quem nunca jogou, por favor, peguem o Game Boy ou então utilizem algum emulador e joguem. Vale muito a pena cada segundo desse game.

Essa parte aqui da Rock Castle, acontece se o jogador quebrar as velas o local escurece e esses bichos acordam, pra voltar a claridade, tem que aparecer alguma vela na tela. Confesso que quando vi essa mecânica pela primeira vez fiquei muito surpreso. A criatividade da Konami na época era espantosa. SAUDADES KONAMI!!!



Estacas que perfuram. Pule no tempo errado e veja seu life ser perdido drasticamente.










Castlevania 2: Belmont's Revenge só ressalta o quanto a Konami era criativa e que se importava com a qualidade dos seus jogos. É um jogo excelente, e ressalto que quem não jogou, por favor joguem! É uma ótima pérola do saudoso Game Boy tijoão.




É isso aí galera! Se gostaram dessa matéria, compartilhem para seus amigos para que eles possam ver e conhecer o blog. Comentem o que acharam da matéria e se já jogaram esse game. E sigam o Bonk aqui no Blog e nas redes sociais. Até a próxima, galera retrô!

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