domingo, 16 de maio de 2021

Review - Ninja Baseball Bat Man (Arcade)

 


Ninja Baseball Bat Man
Arcade
Irem
1993




Jogando Beisebol da forma correta! Bater em todo mundo!!!




Ninja Baseball Bat Man é um game de Beat ‘em Up side scrolling em 2D. Desenvolvido e publicado pela Irem, foi lançado para o Arcade em Setembro de 1993 no mundo todo na placa Irem M-92, no Japão o game se chama Yakyuu Kakutou League-Man. Curiosamente, a Irem lançou 13 jogos para a placa M-92 e lançou ao mundo jogos até que bem conhecidos como Gun Force 1 e 2, Undercover Cops, Hook, In The Hunt e R-Type Leo. Desses citados, apenas Ninja Baseball Bat Man e R-Type Leo não receberam ports. Se vocês quiserem, eu posso fazer uma análise do R-Type Leo.

Aaahhh e não vão achando que só porque tem BatMan no nome que esse game tem o Homem-Morcego de Gotham City no meio, não tem nada haver. A Irem se destacou bastante nas décadas de 80 e 90 por variar bastante na sua biblioteca de jogos, mas esse game aqui eu diria que se destaca bastante pela sua bizarrice. Aonde já se viu jogar Beisebol surrando monstros... Digamos... Esquisitos? Pois é! Mas vocês vão ver que é divertido pra caralho! Pra quem não conhece essa belíssima e bizarra pérola dos fliperamas, bora conhecer juntos Ninja Baseball Bat Man.

Capa mundial do game. Uma capa muito linda por sinal, que tem referências a outros jogos da Irem que comentarei muito depois nessa matéria,
Capa japonesa do game. É praticamente igual a versão mundial, o que muda é somente a coloração que é mais forte. Típico de japonês.
Esses são os nossos heróis inusitados do game. Cada um com seus prós e contras na jogabilidade. Comentarei depois isso.
Tela título do game. Confesso que me estranha bastante ter Bat Man no nome e eu achar que o Bruce Wayne vai aparecer do nada. Mas é bem bonita e chamativa com as sombras ao fundo.






Se a primeira impressão é a que fica, então Ninja Baseball Bat Man passa uma excelente boa impressão, pela sua ótima capa e pela apresentação dos personagens.





ENREDO

 

Um dia, seis itens de beisebol foram roubados do hall da fama por uma sociedade secreta chamada Jado. O comissário do salão pediu para que os Ninja Baseball Bat Man retornassem para devolverem os itens roubados. Com o passar das fases, a história vai se desenrolando, mas aí seria spoilers. O game tem um enredo bem simples, coisas da época. Não vamos reclamar né, para um jogo de fliperama o importante era colocar as fichas e começar a jogar, acho que quase ninguém se importava para enredo nos fliperamas.

Cutscene inicial do game, mostrando o roubo da estátua de ouro por uma... bola grande... de Beisebol...!!! Não procurem lógicas nesse game.
Confesso que dei muitas risadas quando vi essa cutscene na minha primeira jogatina.













Só de ter um enredo, onde tem cutscenes durante o game quando passa as fases, já é algo muito bom para esse game, já que na época ninguém ligava para historinhas em jogos de Arcade. E o enredo é até bom, mas com um clichezinho no final, nada de extraordinário mas que dá um pouco de profundidade ao game.





O JOGO

 

O jogo pode ser jogado com 1 jogador ou em modo coop com até 4 jogadores. São 7 fases no game, passando por 7 localidades nos Estados Unidos: Seattle, Cisco, Las Vegas, Texas, Florida, Chicago e New York. As fases têm suas referências à suas localidades na vida real, como por exemplo, o cassino em Las Vegas, mas uma fase em específico meio que deu uma escorregada, que foi a fase do Texas, que era para ser a fase de Cisco. Isso porque, Cisco é considerado uma cidade fantasma, e como a quarta fase tem uma temática fantasmagórica, era para ser a fase de Cisco e não do Texas. Tirando isso, todas as fases têm seus chefões, exceto a última fase que tem três chefões. E durante o game, vocês vão perceber o quanto Final Fight e Captain Commando influenciaram esse game, e a primeira dessas inspirações são os personagens, onde a única diferença para Final Fight é que Ninja Baseball Bat Man tem um personagem a mais, já pra Captain Commando são 4 personagens cada jogo tem. E falando nos personagens, esses são os ninjas do beisebol:

·      Captain Jose: É o líder da equipe e também o técnico. Seu bastão é o mais normal de todos. Como todo líder, é o mais equilibrado dos 4 ninjas. É meu personagem preferido nesse game.















·      Twinbats Ryno: É o ninja mais rápido da equipe, e ele empunha dois bastões pequenos para atacar. Porém é o mais fraco. Detesto jogar com ele, assim como eu tenho uma certa raiva com personagens leves e rápidos.



















·      Beanball Roger: É o brutamonte da equipe, o tipo Haggar. Seu bastão é o mais engraçado, pois tem uma gigante bola de beisebol fincada um pouco abaixo da ponta do bastão. Ele é muito forte, mas tamanha força faz com que ele seja o mais lento da equipe. É o meu segundo personagem preferido.



















·      Stick Straw: É o ninja que tem o bastão mais longo da equipe. É também um personagem lento, não tanto quanto Roger, mas ainda sim não tem tanta velocidade. Porém, seus ataques são de longo alcance, os de maior alcance de toda a equipe, o que é uma mão na roda para se livrar dos inimigos que vem dos dois lados. Esse eu uso casualmente nas fases mais caóticas.



















Como puderam perceber, os personagens são aqueles estereótipos do gênero Beat ‘em Up: o equilibrado e líder, o leve e fraco, o brutamonte e lento, e o de maior alcance nos golpes. E agora vocês vão ver as semelhanças que esse game tem com Captain Commando e Final Fight. Antes de começar as fases, aparece o mapa do game, e onde está piscando é a localidade que o jogador está situado, exatamente como é em Final Fight e Captain Commando. No canto superior esquerdo tem a barra de life dos personagens, acima da barra tem a quantidade de vidas e o score, e do lado da barra de life tem a foto do personagem selecionado, esse modelo de informações é igual a Final Fight e Captain Commando, só muda a estética mesmo. No meio superior da tela, tem o Time, o famoso reloginho, que tem em Final Fight mas não em Captain Commando, mas sinceramente, esse relógio aí é quase inútil pois o jogador tem tempo muito mais que suficiente para completar as fases. No jogo temos os alimentos para recuperar life, coisa clássica de todo bom Beat ‘em Up, aqui temos saladas, frutas, leites, até mesmo peixes e hambúrgueres fazem parte do cardápio, e cada alimento recupera uma certa quantidade de life, uns recuperam mais e outros menos, esse tópico apesar de existir em Final Fight e Captain Commando, nesse game foi melhor apresentado pois é bem variado e ajuda bastante os jogadores. E temos também fases bônus, assim como em Final Fight e não em Captain Commando, as fases bônus aqui envolvem o jogador machucar uma bola de beisebol, e quanto mais a bola fica machucada mais pontos o jogador recebe, só que vocês vão ver na jogabilidade que essas fases bônus são um bico de papagaio de tão ruins e cansativos que são, prefiro muito mais os bônus do Final Fight. A única coisa que Ninja Baseball Bat Man não possui que os dois Arcades da Capcom possuem, e que pra mim é um erro que me deixa muito irritado, é que excluindo os chefões, os inimigos não possuem barra de life, e sério mesmo Irem? Em pleno 1993, um Beat ‘em Up não ter barra de life nos inimigos? Que bola fora hein! Os únicos que tem barra de life são os chefões, mas aí também né! Se nem eles tivessem barra de life, os programadores teriam que apanhar de chinelo e Espada de São Jorge! Bem pessoal, acho que consegui cobrir o que o jogo oferece aos jogadores. E vocês perceberam o quanto Final Fight e Captain Commando influenciou esse game? E não pensem que isso é uma coisa ruim não, muito pelo contrário, a Irem soube pegar essas influências e criar um jogo bem único e com estilo próprio, só reforçando o que eu sempre falo: “referências e influências são sempre bem-vindos, desde que o jogo que pega isso possa entregar ao jogador um game com características próprias e estilo único”.

As fases bônus são uma completa Hérnia nesse game. São uma apertação de botão desgraçado que cansa os dedos e que no final parece não servir pra nada, só pra ganhar mais pontos no score.
Uma screenshot para ilustrar as informações do game, como a barra de life, o relógio e etc.
Olha que banquete gostoso! Tão apetitoso...! Para recuperar bem o life! Seria uma pena se algum inimigo estragasse esse banquete.












Quanta referência aos games da Capcom esse jogo tem. Mas pegou essas referências e aprimorou muito bem. O jogo se não é tão rico em informações, pelo menos é variado o suficiente para não ficar enjoativo.





GRÁFICOS

 

Os gráficos são MA-RA-VI-LHO-SOS! Tudo é lindo! Como o jogo ele quer passar um tema mais comediante e bizarro, os gráficos tinham que seguir essa linha. E meus amigos... Como os caras da Irem capricharam hein! O jogo é muito colorido com cores muito vivas, parece um desenho animado num Arcade. Os sprites são bem grandes e incrivelmente muito bem detalhados e muito bem animados, todo mundo tem várias animações, desde tomando porrada até mesmo desferindo golpes, isso vale tanto para os personagens quanto para os inimigos. Os cenários são lindos, ricos em detalhes e retratando muito bem cada temática proposta. Agora, vocês vão ver o quão os caras da Irem se empenharam nos gráficos. Até mesmo nos mínimos detalhes eles acertaram em cheio a mão. Por exemplo: quando os personagens tomam dano ou ficam com life baixo, na foto do lado da barra de life os rostos dos personagens ficam com expressão de dor e desespero e quando ficam com life baixo os personagens ficam com contornos avermelhados, dando aquela sensação de desespero pro jogador. Mesmo quando tem partes bem caóticas, quando a tela fica entupida de inimigos, os gráficos não ficam poluídos e em nenhum momento o jogo sofre perda de frame rate, ou seja, zero slowdowns, e até onde pude perceber, também não notei nenhum flickering. Voltando aos cenários, os backgrounds são belíssimos, com boas animações e tendo até parallax. Tudo isso que falei dos gráficos, enaltecendo bastante, e merece mesmo, reflete o quão a Irem se empenhou para fazer um jogo que apesar de pegar influências, conseguiu ao seu toque fazer um game com um estilo bem único, pois Ninja Baseball Bat Man transborda carisma, mesmo com várias bizarrices. Os gráficos junto com a jogabilidade é o ponto forte do game.

Uma das partes caóticas do game, onde mesmo enchendo a tela de inimigos, o jogo não fica feio com poluição visual, e ainda mais que no fundo ainda tem mais animações. 
Um dos chefões do game, Mechanical Alligator, derrotado. E olha como ficou legal os sprites dele sendo uma bolsa. E dei risadas nessa parte.
Até quando morre é muito engraçado essas animações, típico de animação japonesa.
Uma das animações mais incríveis é quando o personagem é queimado. É muito bonito e as cores são bem fortes mesmo indicando queimadura.












Vocês viram o tamanho dos sprites? Que coisa incrível! Os gráficos juntamente com a jogabilidade são o ponto forte do game. O jogo esbanja carisma com sua bizarrice comediante. Os desenvolvedores capricharam nos mínimos detalhes nos gráficos. Acho que é um dos jogos mais bonitos que vi na vida no 2D.





ÁUDIO

 

Esse vai ser o quesito mais controverso dessa análise. Pois as músicas desse game, eu não sou lá muito fã, mas elas são boas e combinam com o tom comediante do game, porém, com exceção de umas duas músicas, o restante não tive nenhum apego. Mas para quem gosta de Eletrônica junto com Hip-Hop, as músicas foram feitas para você. Apesar de que desse estilo, eu gosto de Streets of Rage 1 e 2, então esse game não me cativou mesmo, aliás, acho que a Irem pegou inspiração de Yuzo Koshiro para fazer as músicas, é o que eu acho. Vou repetir! As músicas são boas, só não me fizeram curtir o bastante para ser fã da OST, é questão de gosto mesmo. Mas puta merda! Por que caralhos colocaram vozes digitalizadas nas músicas? Isso sim ficou irritante demais! Os efeitos sonoros são bem satisfatórios, com um bom impacto nos golpes, e vozes digitalizadas para os personagens e inimigos, que dão um toque a mais de humor para o game, até mesmo quando os personagens caem, rola aquele sinalzinho sonoro de quando os Looney Tunes caem no desenho, se foi uma referência, achei engraçado e excelente. Alguns inimigos quando entram em cena fazem barulhos muito engraçados. É como eu falei, esse game é de humor, e bota muita bizarrice mesmo, até mesmo nos efeitos sonoros. Enfim! Na parte sonora, eu gosto dos efeitos sonoros, mas as músicas não gostei tanto assim, mas elas são boas, meu gosto que é enjoado mesmo, mas pode ser que mais pra frente eu consiga virar fã da trilha sonora desse game.

A música da fase do Texas é a minha preferida de todo o game. Além deu eu gostar do tema fantasmagórico, a música combina muito bem com a fase.
Também gosto da música da primeira fase do game. Acho ela bem eletrizante e contagiante. 
A música de batalha contra os chefes também não fica atrás, é muito boa também, mas é minha terceira preferida do game.












O áudio do game é bom. Os efeitos sonoros são agradáveis e bem trabalhados, e as músicas são até legais, mas muitas não me agradam tanto assim.





JOGABILIDADE

 

Os controles são muito bons. Responsivos e sólidos, e apesar de ao mesmo tempo eles serem simples são complexos e variados. Um botão é para ataque, outro botão é para pulo, apertando os direcionais os personagens se movimentam para todas as direções possíveis, e apertando os dois botões juntos, os personagens fazem o equivalente ao Extra Joy do Final Fight, um golpe muito forte que pega os inimigos dos dois lados mas que faz os personagens perderem um pouco de life, aliás em muitos Beat ‘em Ups tem essa técnica. Bem simples né. Agora vocês vão entender o quão variado é a jogabilidade. Todos os personagens tem o sistema de agarrão, onde é só chegar bem perto dos inimigos que o personagem agarra automaticamente. Já no agarrão, se o jogador só apertar o botão de ataque, o personagem vai fazer um combo de 3 hits. Agora, se o jogador agarrar e apertar para frente no direcional e ataque, o personagem irá fazer meio que o mesmo golpe que o Extra Joy, só que claro menos potente e só detonando os inimigos por um lado da tela. Se o jogador agarrar e apertar para trás no direcional e ataque, o personagem irá arremessar o inimigo para o lado contrário da tela, além de causar bom dano no inimigo, ele pode fazer um belo strike nos outros inimigos. Agora, se caso o jogador apertar para baixo no direcional e ataque, os personagens vão fazer um movimento específico para cada um, cada personagem tem seu ataque. Agora meus amigos! Se caso o jogador agarrar e apertar os botões de pulo e ataque juntos, o personagem irá fazer um ataque Extra Joy com agarrão, que tira um life considerável dos chefes e praticamente aniquila os inimigos, porém também gasta do life do personagem. Apertando duas vezes para frente, independente do lado que está, o personagem pode correr, e durante a corrida, se o jogador apertar o botão de pulo, o personagem irá fazer uma investida simples, mas se durante a corrida o personagem irá apertar o botão de ataque, o personagem irá dar um carrinho, que ocasiona mais hits nos inimigos. Para pegar os itens, basta o jogador ficar bem perto e apertar o botão de ataque. Falando assim parece ser algo bem complexo, mas jogando vocês vão ver o quão simples é essa complexidade. No geral meus amigos, a jogabilidade é excelente, como um ótimo jogo de Beat ‘em Up pede.

Fazendo um ataque Extra Joy em um inimigo. Esse ataque é bem devastador quando vem inimigo dos dois lados.
O ataque Extra Joy no agarrão também é um ataque bem devastador, e nos chefes é uma mão na roda para dar fim neles mais rapidamente. O único ponto ruim disso é que também perde life.
Atacar os inimigos com um carro, é muito muito muito Cadillacs and Dinosaurs. E sim, também é legal pra caralho! Mas e agora? Quem copiou quem?
Uma tática muito boa para os iniciantes, é escolher o Stick Straw e atacar somente com o combo normal, porque seu longo bastão ajuda a atacar dos dois lados e ele é um Ninja de ataque de longo alcance.










A jogabilidade eu diria que é perfeita. Na medida certa. E a jogabilidade felizmente não é enjoativa, coisa que muitos jogos de Beat 'em up. Aliás, uma coisa que esse jogo tem que difere de muitos jogos desse gênero é variedade.





DIFICULDADE

 

Antes de falar desse quesito, preciso ressaltar a vocês que por padrão a máquina vem na dificuldade Normal e com 2 vidas, o jogador pode mexer nas configurações da máquina e escolher as dificuldades: Easy, Normal, Hard, Very Hard; e escolher a quantidade de vidas para iniciar em cada continue: 1, 2, 3 ou 4 vidas. Eu joguei na dificuldade Normal com 4 vidas. Dito tudo isso, bora falar da dificuldade do game. Ninja Baseball Bat Man, curiosamente, apesar de ser da Irem não é um jogo muito difícil, R-Type dá voltas e voltas nesse quesito. O game tem uma dificuldade com uma curva bem progressiva, onde as primeiras fases são até que tranquilas, mas as últimas são bem caóticas. É claro que como estamos de um game de Arcade, vai ter certas partes que vão ser papa-fichas, o jogador vai ter que ser bem habilidoso para escapar ileso dessas partes e usar com sabedoria os controles complexos, principalmente o sistema de agarrão e usar muito bem os ataques Extra Joy. Mas sério mesmo, até mesmo os chefes não são tão difíceis assim, eles tem até mesmo padrões bem visíveis de ataque e fáceis de perceber e decorar, exceto o último chefão, que esse vai tirar algumas fichas do jogador, não só ele como a fase em si também. Chega a ser até uma blasfêmia falar que um jogo de Arcade não é tão difícil, é eu sei, mas a Irem priorizou muito mais a diversão que a frustração. Mas é claro, se alguém se sentir incomodado com a dificuldade baixa, pode aumentar nas configurações da máquina. O jogo é muito divertido, e a dificuldade bem balanceada contribui bastante para a diversão.

Esse chefão é um dos mais irritantes do game. E sabe o que eu mais detesto desta luta? CHAMAR CAPANGAS! Como eu odeio isso!!!
Essa é uma das partes caóticas do game. Vem inimigos de tudo que é lado cercando o jogador. Algumas vidas serão certamente perdidas nestas ocasiões.
The King Babe é o último chefe. Aqui podem ter certeza!!! Fichas serão perdidas nesse desgraçado!
COMO EU ODEIO ESSAS MALDITAS LUVAS LINGUARUDAS!













Para um jogo da Irem, eu esperava uma dificuldade enlouquecedora, mas não, esse game é até bem justo e tem uma dificuldade moderada para o padrão de jogos de Arcade, mas não pensem que vai ser fácil, pois em várias partes o game pode engrossar bastante o caldo do jogador.





CURIOSIDADES

 

O designer do game foi Drew Maniscalco, e durante o desenvolvimento do game para 2 jogadores, os nomes de dois personagens principais seriam Willie e Mickey, que seriam referências a dois jogadores de Beisebol que Drew adorava na infância, que eram: Willie Mays e Mickey Mantle. Porém, durante o desenvolvimento da versão de 4 jogadores, os nomes iniciais que Drew colocou nesse protótipo foram: Captain Jeff (vermelho), Nunchaks Sugar (verde), Hammer’ Eddy (amarelo) e Naginata Jimmy (azul). Mas na versão final do game, Drew selecionou 4 nomes para representar os Ninja Baseball Bat Man, e esses nomes são referências à 4 jogadores de Beisebol muito famosos na época, que eram: Jose Canseco (Captain Jose), Ryne Sandberg (Twinbats Ryno), Roger Clemens (Beanball Roger) e Darryl Strawberry (Stick Straw). Outra curiosidade é a sua capa, ou flyer, que trás referências a outros jogos da Irem, tais eles são: Daiku no Gen-San, na tela no cantinho bem esquerdo; R-Type III e Undercover Cops, nos dois balões.

Jose Canseco se tornou o primeiro jogador de Beisebol da história a acertar 42 home runs e roubar 40 bases em uma única temporada, a de 1988. Nessa mesma temporada foi considerado o jogador mais valioso da Liga Americana. Foi eleito o melhor estreante da temporada na Liga Americana, em 1986. Se aposentou do Beisebol em 2002.
Sandberg jogou em algumas posições durante a carreira, mas na qual se destacou foi na segunda base. Em 1984 ganhou o prêmio Gold Glove Award logo na primeira temporada nessa posição, e levou o Chicago Cubs ao título da Divisão Leste da Liga Nacional, primeiro título do clube desde 1945 e também levou o clube a conquistar a Liga Americana de Beisebol no mesmo ano, além disso se tornou o jogador mais valioso do ano. Se aposentou de vez do esporte em 1997, depois de voltar da aposentadoria em 96.
Apelidado como The Rocket, Roger é considerado um dos maiores arremessadores de todos os tempos, ganhando 7 Cy Young Awards. É o único da lista que ainda joga atualmente.
Strawberry foi um dos mais temidos Sluggers de todos os tempos. Ficou conhecido pelos seus excelentes home runs e presença intimidadora na área do batedor, com seu 1,80m de altura e seu movimento de batida. Se retirou do esporte em 1999 depois de tratar do Câncer de Cólon. Também ficou conhecido pelo seu extra-campo conturbado, como uso de Cocaína.
R-Type III: The Third Lightning para Super Nintendo. Jogo que usa o Mode 7 como nessa infame primeira fase. Só achei estranho a referência ser esse jogo. Será que era uma propaganda para o lançamento do game? Já que esse R-Type é de 1994.
Undercover Cops é outro Beat 'em Up da placa Irem M-92. Também é um jogo que tem coop para mais de 2 jogadores, nesse game são para 3 jogadores simultâneos. Foi portado para Super Famicom em 1995.
Daiku no Gen-San. Arcade de 1990 da placa Irem M-84. Foi portado em 1992 para NES e Game Boy. No ocidente, a versão ficou conhecida como Hammerin' Harry.











Será que o jogo é rico em referências? Até mesmo de outras franquias próprias da Irem esse jogo carrega referências.





CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Ninja Baseball Bat Man é bizarro, mas um bizarro que é muito engraçado e divertido de jogar. Seus aspectos técnicos são excelentes, tirando a música que não me agradou tanto, mas seus gráficos são lindíssimos, sua jogabilidade é bem variada que não é enjoativa, e sua dificuldade que é bem balanceada que faz o jogo ser bem gostoso de se jogar. Ninja Baseball Bat Man é certamente um dos melhores jogos da Irem, que se tiver alguém que não conheça, por favor, vá jogar, é um jogo de uma cremosidade tamanha, que faço questão que joguem. A Irem provando o quão era competente em qualquer gênero nas décadas de 80 e 90.

Esse chefe tem a cabeça de um Búfalo empalhado com restos de objetos como violino, geladeira e outros objetos mais. Tem chefe mais bizarro que isso?
Esqueci de mencionar esses polvos malditos. Esses canalhas congelam o jogador, e quando eles vêm em dois, aí a chatice dobra. TOMAR NO C#%$
Ô AMIZADE! Pegando nas bolas do chefão de bolas! Mais erótico que isso, impossível!
Quando essas bolas de Beisebol tocando trompete aparecem: é que vai dar ruim. Tipo o Warning do Mega Man X4 ao X7.












Ninja Baseball Bat Man é um ótimo exemplo de como desenvolvedores podem ser criativos além da conta, e também priorizando a diversão que a frustração. Um jogaço da Irem que pode ser que não seja tão conhecido. Se ele for obscuro, é uma pena, pois ele merecia um melhor reconhecimento. Seus quesitos técnicos são de cair o queixo. Parece até um mangá animado. Joguem essa pérola da Irem! Vocês não vão se arrepender. 





É isso aí galera! Se gostaram dessa matéria, compartilhem para seus amigos para que eles possam ver e conhecer o blog. Comentem o que acharam da matéria e se já jogaram esse game. E sigam o Bonk aqui no Blog e nas redes sociais. Até a próxima, galera retrô!

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