domingo, 26 de dezembro de 2021

Review - High Seas Havoc (Mega Drive)

 


High Seas Havoc
Mega Drive
Data East
Data East/Codemasters
1993





Capitão Havoc contra o Capitão Level Design Avacalhado





High Seas Havoc é um game de Plataforma 2D. Foi lançado em 1993 nos Estados Unidos, e 1994 no Japão e Europa, foi desenvolvido pela Data East e publicado pela Data East nos Estados Unidos e Codemasters na Europa, o game é exclusivo do Mega Drive. No Japão, o game se chama Captain Lang e na Europa o game se chama apenas Havoc, nos Estados Unidos é High Seas Havoc.
O game tem uma forte inspiração em Sonic, principalmente no seu level design, e guardem essa frase: "LEVEL DESIGN INSPIRADO EM SONIC", porque vocês vão entender muito bem o tamanho da minha frustração com esse jogo. Aliás, Havoc foi um jogo MI-SE-RÁ-VEL de zerar, um dos jogos mais miseráveis que zerei na vida. Detalhe: que ZEREI, não que joguei, até porque tem muito jogo miserável que me deixou muito emputecido, muito mais até que Havoc.
Vamos então falar desse jogo que ficou esquecido no Megão, e detalhar os motivos de eu achar esse jogo ruim e miserável. É galera! Eu não gosto desse game, mas só dissertando assim até parece que odeio com força esse game, o que não é verdade, e por isso vou falar detalhadamente desse game. Bora lá então?

Essa é a capa americana do game. E na minha opinião, é a melhor capa de todas as versões do game, um dos casos de exceção onde a capa americana é melhor que a japonesa. A ilustração é muito boa e Havoc é bem desenhado, combinando perfeitamente com o game.
Essa é a capa européia. É praticamente a mesma coisa da capa americana, só muda o fato que é uma imagem espelhada e as cores são menos vivas. Ainda é uma boa capa, mas a americana é bem melhor.
ISSO é a capa japonesa! No Japão o game se chama Captain Lang. E meu Deus! O protagonista simplesmente parece que é um retardado que tá inchado por causa de picada de abelha. Pelo menos aparece o chefão final e um dos chefes do game, mas mesmo assim, a capa é bizarra.
Senhoras e senhores! Eu lhes apresento uma das piores capas de TODOS OS TEMPOS! Essa capa é na versão da Austrália, e puta merda hein, os australianos poderiam ter passado sem isso aí. Hey Museu dos Games, se for voltar a fazer uma lista de piores capas, fale dessa pérola aqui! Pelo menos a capa reflete o que é o game, um grande PRERIGO! Parabéns aos envolvidos por essa coisa horrenda aí!
Tela título do game. Que é bem bonita por sinal, mostrando Havoc olhando para o horizonte com um olhar bem raivoso e vingativo. É uma ótima boa impressão.





ENREDO

Existe uma joia conhecida como Emeralda, esta joia contém um enorme poder dentro de si. Esta joia foi descoberta pelo lorde pirata malvado chamado Bernardo, que anda procurando por ela. Bernardo está procurando por esta joia, porque com os grandes poderes, ele pode eliminar vários exércitos inteiros. Enquanto isso, Havoc (Lang na versão japonesa) e seu amigo Tide (Land na versão japonesa) vagavam livremente no oceano em seu barco. Eles estavam em sua ilha natal, quando de repente uma garota apareceu na costa, Havoc e Tide pegaram a garota e a socorreram. A garota mais tarde acorda, e disse que seu nome é Bridget, e então deu a Havoc um mapa e disse a ele para proteger o mapa a todo custo do pirata Bernardo. O mapa mostra a localização da joia Emeralda, mapa esse que Bernardo está a procura. Havoc concorda com a situação e ele e Tide se tornam amigos de Bridget. Porém, Bernardo os encontra, e ele sequestra Tide e Bridget. Havoc então tem três missões: resgatar Tide e Bridget, derrotar Bernardo e pegar a Emeralda.
Olha meus amigos, apesar de um clichezinho aqui e acolá, o game tem um bom enredo para sua época, isso tenho que tirar o chapéu.



















Algumas screenshots do enredo do game. E tenho que reconhecer o quão belo são as ilustrações da história. Aliás, aqui vai um pequeno spoiler, os visuais do game são belíssimos, e essas ilustrações são um ponto de partida belíssimo.





O JOGO

São 8 fases que o jogador precisa completar, e com exceção da primeira, segunda e última fase, as outras fases tem dois atos, igualzinho a Sonic 2, e com exceção da primeira fase, todas as outras fases possuem chefões, e assim como em Sonic 2, eles aparecem no segundo ato.
No jogo, temos vários itens que auxiliam o jogador durante a jornada. E claro que vou citar esses itens. Mas antes de falar deles, quero dar uma observação que não consegui achar o nome dos itens, então vou citá-los em português mesmo e da minha maneira. Ok? Então vamos falar dos itens:

  • Botas: Aumenta a velocidade dos movimentos de Havoc, deixando ele mais ágil. Já que Havoc começa o jogo e quando recomeça o game depois de morrer bem pesado com os movimentos bem lentos.


  • Coroa: É um item que vem em forma de vários itens valiosos, como uma coroa e joias. Esse item é muito importante, já que ele dá 50 pontos de diamante, o que já é a metade para ganhar uma vida extra, já que 100 pontos de diamante equivale a uma vida extra.


  • Cálice: Item que vem em forma de um cálice, esse item dá 10 pontos de diamante. Até pode ser um item útil, mas não tão essencial quanto a coroa.


  • Diamante: Item que funciona como as argolas do Sonic. A cada 100 coletados o jogador ganha uma vida extra.


  • Frango: Item clássico de vários jogos de Plataforma. Aqui em Havoc, também funciona para recuperar life. Nesse jogo tem o frango completo e a coxinha do frango. A coxinha recupera 50% do life, e o frango inteiro recupera todo o life.



  • Bonequinho do Havoc: Representa a vida extra do game. Além de coletar 100 diamantes, se o jogador encontrar esse bonequinho, também ganha uma vida.


Vale ressaltar, que com exceção do Diamante, os outros itens mencionados são encontrados em baús de tesouro espalhados nas fases.
No canto superior esquerdo tem o contador de diamantes, onde assim como acontece no Sonic, se coletar 100 diamantes ganha uma vida, porém, a contagem remete muito mais a Mario, porque quando o jogador chega a 100 diamantes o contador reseta. No meio superior da tela, tem o score total do game e o relógio. Assim como acontece em Sonic, o tempo vai indo em ordem crescente, e igualmente em Sonic, o jogador tem 10 minutos para completar a fase, se chegar nos 10 minutos o jogador perde uma vida. Só que vocês vão ver o quão merda é esse relógio. No canto superior direito tem a barra de life, onde se ela encher o jogador também perde uma vida. E no canto inferior esquerdo tem o contador de vidas, onde não existe um limite de vidas, então o jogador pode coletar quantas vidas puder. E vão por mim, na dificuldade vocês vão ver o quão importante é coletar várias vidas.
Nas fases, temos os checkpoints, que são representados por bolinhas azuis, onde o jogador passa no meio e elas ficam vermelhas, e se o jogador morrer, volta dessas partes. Para passar de fase, o jogador precisa chegar no fim e entrar numa espécie de portal escrito GOAL.
Com exceção da primeira fase, as outras fases possuem seus próprios chefões, e com exceção da segunda e última fase, as outras fases que possuem dois atos, os chefões aparecem no ato 2. E esse game sai um pouquinho da casinha, onde o chefão final aparece na segunda fase, mas claramente de modo mais fácil, assim como o Sigma aparece no começo do Mega Man X5 na fase inicial.
Como puderam perceber, o jogo pega emprestado algumas coisas de Sonic, e mais pra frente na review, vocês vão ver mais coisinhas inspiradas no ouriço azul. Mas antes de esculachar o game, ainda preciso enaltecer um pouquinho mais esse jogo.

Essas bolinhas azuis aí são o checkpoint. Não lembro exatamente quantos checkpoints tem nas fases, mas tem uma boa quantidade. Não é abundante mas também não é escasso.
O vilão Bernardo aparece logo na segunda fase como o primeiro chefão do game. Será que Mega Man X5 se inspirou nesse game para colocar o Sigma logo no início do game?
São nesses baús que tá os itens que mencionei acima. Ou o jogador dá o chute do Havoc ou então pula em cima para poder destruir os baús.
A Frozen Palace é uma das fases mais criativas do game. Apesar do level design ser... NÉ, só a temática de congelar a água e servir como plataforma já serve para eu elogiar essa fase.
Estão gostando do game? Então ainda vão continuar gostando, pois vou elogiar mais um pouquinho o game. Perceberam que o game tem uma inspiração até que forte em Sonic né?





GRÁFICOS

Antes de esculachar o game, preciso elogiar mais o game, pois visualmente o game é bem bonito. O jogo é bem colorido, o que já é surpreendente levando em consideração os requisitos técnicos de hardware do Megão não serem propícios a isso, os sprites são muito bem feitos com ótimas animações e são grandes, os cenários são muito bonitos inclusive com efeitos gráficos, como distorção e transparência, e inclusive com alguns objetos fazendo rotação, o que pro Mega Drive é algo incrível. Um toque muito bacana, é que na fase Otarucean ato 2, Havoc quando está na água, sua coloração fica um pouco clara e mórbida, e quando sai da água a coloração volta a ficar forte. Não sei se vão conseguir perceber esse detalhe, tentarei ilustra isso nas screenshots.
Claro que visualmente o game tem defeitos, mas não se preocupem, não são defeitos graves, são defeitos bem leves que só uma pessoa chatíssima iria descrever. Na parte aquática do game, a fase Otarucean 2, podiam ter feito um efeito de distorção bem mais evidente, pois este efeito gráfico é muito tímido. E não me falem de limitação, pois a fase Burning Hamlet tem um excelente efeito de distorção no background, lembrando demais a primeira fase do Castlevania: Rondo of Blood. Os desenvolvedores podiam ter feito isso. O primeiro Sonic tinha um ótimo efeito de distorção na Labyrinth Zone nas partes aquáticas.
Mas é como falei, é um defeito leve, é perfeitamente perdoável, e os jogadores nem irão perceber.
Aliás, a Data East tem um estilo gráfico muito peculiar nos 16 bits, todos os jogos dela, TODOS, tem um visual que parece ser repetitivo mas que ao mesmo tempo varia de jogo para jogo, ou seja, ela tem uma espécie de assinatura visual, onde a gente já identifica um game dela de longe só pelos gráficos.
Visualmente o jogo é lindo e beira o impecável. E sim o jogo roda lisinho.

Percebam que a cabeça do Havoc tem uma coloração diferente do resto do corpo. Que toquezinho legal dos desenvolvedores nesse quesito gráfico. Ah sim, o cenário fica escurecido também e de outra cor.
Aqui é uma das partes onde o game tem transparência. São poucas partes é verdade, mas só de ter já é algo muito bom de se notar.
Burning Hamlet apesar de ser uma mini desgraça, é uma das fases que mais adoro visualmente. E tenho muito carinho por ela, pois ela lembra demais a primeira fase do Castlevania: Rondo of Blood. Só isso já garante meu carinho.
Antes de esculachar a Mt. Chester, tenho que enaltecer essa lindíssima Aurora Boreal encobrindo inclusive as plataformas. A fase em si é uma das mais lindas do game. Uma pena que a fase em si É UMA BOSTA!










Nos gráficos, o jogo é belo beirando a perfeição. Não sei se iria figurar num top 10 de jogos mais bonitos do Mega Drive, acho até que tem muitos outros jogos mais bonitos, mas com certeza High Seas Havoc explora muito bem o hardware do Megão. E acho que um top 20 ou 15, esse jogo com certeza iria figurar de jogos mais lindos do console.





ÁUDIO

Eu ainda não vou esculachar o jogo, pois o trabalho de áudio de Havoc é muito bom. As músicas são excelentes, e muitas dessas músicas inclusive se parecem mais com o chip sonoro do Super Nintendo, ou seja meus amigos, aqui a Data East conseguiu reproduzir bem no chip sonoro do Megão instrumentos reais, assim como o chip sonoro do Super Nintendo consegue fazer. É claro que outras músicas tem o jeitão Sega Genesis de ser, mas no geral, as músicas são muito boas. Recomendo fortemente que ouçam a OST do game no YouTube ou consigam baixar. Não vou nem deixar o link aqui em azul para baixarem a OST, não vou fazer isso não. Os responsáveis pela belíssima soundtrack do game são a dupla: Emi Shimizu e Masaaki Iwasaki.
Emi Shimizu tem uma carreira curta na indústria gamer, e curiosamente só fez carreira na Data East. Além de High Seas Havoc, seus outros trabalhos em que ele participou foram:
  • Side Pocket (Mega Drive)
  • Congo's Caper (Super Nintendo)
  • Metal Max 2 (Super Nintendo)
  • ABC Monday Night Football (Super Nintendo)
  • Herakles no Eikö 4: Kamigami no Okurimono (Super Nintendo)
Já Masaaki Iwasaki tem uma carreira ENORME na indústria gamer. É tão enorme, que seu último trabalho foi em 2015. De acordo com as pesquisas na internet, Iwasaki participou de 34 jogos. É muito jogo meus amigos. E não, eu não vou mencionar os 34 jogos, mas posso mencionar 10 jogos relativamente conhecidos do público.
  • Cobra Command (NES)
  • Atomic Runner (Mega Drive)
  • Heavy Barrel (NES)
  • Street Slam (Arcade)
  • Robocop (NES)
  • Tumble Pop (Game Boy)
  • Mother 3 (Game Boy Advance)
  • Super Smash Bros. Brawl (Nintendo Wii)
  • Kirby: Mass Atack (Nintendo DS)
  • Kirby and the Rainbow Curse (Nintendo Wii U)
Uma pequena curiosidade, é que a dupla Shimizu e Iwasaki participaram juntos em dois jogos, além desse jogo é claro: a versão de Mega Drive do Side Pocket e Herakles no Eikö 4.
Só uma coisa: a Data East fez questão que os jogadores apreciassem a soundtrack do game, colocando o modo Orchestra, onde nesse modo, os jogadores podem escutar a soundtrack do game. E podem confiar 100% em mim, TODA a soundtrack é excelente. É claro que vai ter alguma música que vai desagradar, mas aí é questão de gosto.
Os efeitos sonoros são bons, mas acho que poderiam ter regulado melhor o volume, pois vários efeitos sonoros são bem altos e alguns são bem baixos, poderiam deixar em um perfeito equilíbrio. O jogo tem vozes digitalizadas, que apesar de não serem tão variadas e roucas, elas são boas. Uma ótima adição ao game as vozes, pois além de dar bastante charme, dá personalidade aos personagens, principalmente Havoc e Bernardo.
A parte técnica de áudio do game é muito boa, e é outro quesito que a Data East soube explorar muito bem o hardware do Megão. Mas eu acho que os elogios acabam por aqui...

Parece que a Data East queria que os jogadores reconhecessem a façanha dela de terem feito uma belíssima OST, tanto é que fizeram esse modo Orchestra.
Engraçado é que a primeira fase, Cape Sealph, tem uma temática que lembra demais Sonic, mas a música lembra muito mais Joe & Mac.
Sempre vai ter alguma música que não vai agradar aos ouvidos, não tem jeito, e a música que não curto é a do ato 2 de Otarucean. Ela é boa e combina muito bem com a fase, só não curto mesmo.
Cold Paradise, é o nome da música do ato 1 de Frozen Palace. E ela é a minha preferida de todo o game. Aliás, a Frozen Palace tem as melhores músicas do game na minha humilde e imbecil opinião.










Eu diria que as músicas são mais impressionantes que os gráficos, pois Shimizu e Iwasaki conseguiram extrair de melhor o chip sonoro do Megão e fazerem músicas até mesmo bem complexas. Na minha opinião, High Seas Havoc tem uma das melhores soundtrack do Mega Drive. Mas acho que agora vou começar a descer a lenha no game.





JOGABILIDADE

Estão curtindo o game até aqui? Pois sinto informar, que a partir de agora, a review tomará outros rumos.
A jogabilidade é lenta e meio travada. Havoc parece que comeu uma feijoada no domingo e fica bem pesado para fazer os movimentos. Para fazer Havoc ter uma jogabilidade decente e leve, o jogador tem que pegar o item das botas. Curioso né? Pra ter uma jogabilidade minimamente decente, tem que coletar um item. Mas calma que esse problema fica pior na dificuldade.
Havoc possui um botão para pular e outro para atacar, porém, Havoc só pode fazer o ataque no ar. Havoc pode fazer um movimento de rolamento no chão, segurando o direcional para baixo e apertando o botão de pulo junto Havoc faz o rolamento, o que é bem útil em partes do game para desviar dos inimigos ou de algum ataque. Havoc para despachar os inimigos ele tem duas formas de atacar: ou com o chute ou pulando em cima dos inimigos, porém nos chefões é somente com o chute. Aliás, falando do chute. Ele não lembra o golpe do Guile? Ou é loucura minha? E deixa eu falar uma coisa sobre esse chute. ESSE CHUTE É UMA DROGA! Você só poder atacar no ar é uma belíssima diarreia! E só um aviso: se por acaso o jogador cair de alguma altura considerável e usar o chute, não tem como dar outro chute e não tem como controlar o movimento do personagem depois que ele dá o chute, Havoc simplesmente trava os controles de movimentação. E também, essa porra de chute não é confiável, pois a hitbox é ruim e parece que tem um ponto certo para acertar os inimigos, principalmente os chefões. A forma mais confiável de derrotar os inimigos é pulando em cima deles.
Infelizmente a jogabilidade não é tão boa, e isso será um grande empecilho para falar da dificuldade do game, e calma minha gente, eu vou falar do level design na dificuldade.

Pode parecer que o chute tem um alcance longo, mas não é bem assim. Parece que tem apenas uma curta distância de hitbox para acertar os inimigos. É esquisito e é esdrúxulo o principal ataque ser uma merda.
Tem certas partes no game onde para alcançar certos lugares inalcançáveis, o jogador tem que pular em cima dos inimigos e pegar impulso para poder alcançar plataformas que não seriam acessadas normalmente.
Como o chute não é tão confiável, o melhor jeito e mais confiável de aniquilar os inimigos é pulando na cabeça deles. Mas os chefões, esses infelizmente tem que acertá-los com o chute. DROGA!
Se quiserem controles mais toleráveis, peguem esse item e de preferência não morram, pois Havoc parece um tanque de tão pesado que é na movimentação. Se morrer e voltar no checkpoint, Havoc volta a ser um tanque.










Tenho que ser justo. Havoc não tem uma jogabilidade ruim, ela só não é boa, e a proposta de pegar um item para deixar os controles mais toleráveis é bem questionável, pra não dizer péssima. Não é o principal culpado pra deixar o jogo bem frustrante, mas a jogabilidade é um dos fatores que deixa o game bem difícil e frustrante.





DIFICULDADE

Hehehehehehehehe!!! Chegou a hora meus amigos. Chego a hora de falar o quão esse jogo é difícil.
Havoc é um dos jogos mais MI-SE-RÁ-VEIS que eu ZEREI na vida. E eu enfatizo muito a palavra ZEREI, pois jogar mesmo eu já joguei muitos outros jogos bem mais miseráveis que Havoc. Vou listar os motivos que levam o game ser miserável e frustrante. Mas já adianto que os motivos são: controles escorregadios e imprecisos, level design avacalhado e chefões que podem ser implacáveis.
Eu tinha falado da jogabilidade acima, porém o que eu esqueci de comentar é que os controles são escorregadios. Havoc parece que tem sabonete nas botas, pois ele quando pula nas plataformas ou para de correr, ele dá uma pequena escorregada, o que nem preciso dizer que em partes mais críticas, isso vai torrar algumas vidas do jogador e vai acabando com a paciência do mesmo. E o que falar do chute, meus amigos? Além de ser uma merda, é impreciso, pois não é totalmente certo se o chute vai acertar os inimigos, nem mesmo nos chefes dá pra confiar.
O level design é A-VA-CA-LHA-DO!!! As fases tentam imitar Sonic, com direito a descidas, porém o que esqueceram é de programar plataformas decentes de se pisar e aparecimento de inimigos, onde tem inimigos que vem do nada, e plataformas sacanas só pro jogador errar e cair em algum buraco. Tem fases onde tem plataformas bem pequenas onde se o jogador calcular errado o pulo, ou pula fora das plataformas ou então as botas de sabão de Havoc vão fazer o personagem escorregar para o buraco e cair nos espinhos, e espinhos aqui é igual Sonic e Mega Man, relou/morreu! E adivinhem só! Várias partes do game abusam de plataformas pequenas, e pra piorar, os caras ainda colocam inimigos no caminho. Não tinha como ser mais difícil né Data East?
E os chefões meus amigos? O que dizer deles? Com exceção da primeira aparição do Bernardo e do segundo chefão, o resto meus amiguinhos, vão comer o bumbunzinho de vocês com farofa, macarrão e maionese. "Ah mas por que Weslley?" Porque esses filhos da puta tem padrões de ataque difíceis de escapar, e requerem muitos acertos para derrotá-los. Mas sabe qual é a pior coisa? Os malditos só podem ser acertados com a BOSTA DO CHUTE, que como falei acima, é uma merda! Mas o que me deixa indignado, é que os chefões demoram demais para morrer, e para decorar os padrões de ataque, os chefões não podem ser tão resistentes assim, ainda mais quando o ataque do protagonista é um lixo. E o que falar da batalha final contra o Bernardo hein? São duas formas que ele tem: a primeira forma é até fácil depois que se perde inúmeras vidas e descobre como escapar dos ataques e acertá-lo, o problema é a segunda forma. Puta que los pariu! A segunda forma é uma diarreia! O raio que ele manda é perseguidor e pra escapar tem que ser muito, MUITO preciso. Sério mesmo? Parece que a segunda forma foi feita pelo Shao Kahn só para deixar irritado e frustrado o jogador.
Eu até posso tolerar um jogo feio ou com um áudio pra deixar o game no mudo, mas um game com controles travados e uma dificuldade que beira a insanidade em alguns pontos, ah isso eu não tolero.

A fase The Burning Hamlet já dá mostras da insanidade que é esse game. Aliás até hoje eu tenho medo desse fogo grande aí me perseguindo. Me dá aflição e agonia!
Essa é a Mt. Chester. Olhem essa merda! Foi nessa fase que empaquei a primeira vez que joguei esse game. Mas olhem isso! Plataformas bem pequenas, com obstáculos e inimigos se aproximando, e se pular errado, os espinhos o esperam. Foda né?
Vou descrever o que aconteceu aqui: eu tinha que pular de uma plataforma giratória para outra, só que no meio do caminho tinha esse morcego. Ok né? PORRA NENHUMA! Esse morcego aparece do nada, é só decorando pra saber que ele aparece aqui.
Meus amigos retrogamers! A batalha contra o Bernardo é A COISA MAIS frustrante de todo o game. Principalmente a segunda forma com essa merda de raio perseguidor. Só digo uma coisa a vocês: boa sorte!










Se a dificuldade fosse melhor balanceada, High Seas Havoc poderia ser bem divertido. Mas do jeito que saiu, serve mais como um instrumento de tortura e frustração.





CONSIDERAÇÕES FINAIS

High Seas Havoc não é um jogo ruim, mas também não é um jogo bom. Poderia ter sido até mesmo um grande clássico e um dos melhores jogos do Megão, mas infelizmente a Data East errou na parte mais crucial de um game, a parte da jogabilidade. Os controles são travados e lentos e o level design é muito ruim, e a dificuldade beira o absurdo com chefes bem demorados e meio que implacáveis. O que é uma grande pena, pois nos quesitos técnicos o game dá show. Os gráficos são lindos, as músicas são excelentes e os efeitos sonoros são bons (apesar que poderiam ter sido melhores), e até o enredo é bom, mas infelizmente tudo isso é jogado na lata do lixo com a jogabilidade no geral péssima. É difícil recomendar esse game, mas para quem gosta de bastante dificuldade, o game é para vocês. Mas quem gosta de um jogo bem justo com ótimos controles, passem longe desse game.

Esse é o penúltimo chefão, e o cara imita a Jean Grey. E essa bosta de chefe é difícil pra cacete. O arrombado ainda utiliza clones no meio da batalha. Que baita pau no cú!
High Seas Havoc pode pecar na jogabilidade, mas visualmente o jogo até dá aula, como é o exemplo da fase Burning Hamlet. Até agora fico babando nessa fase. 
Não posso reclamar de falta de criatividade dos desenvolvedores. A Frozen Palace é um grande exemplo de criatividade. Os caras só não tiveram competência.
Essa armadilha caindo e prendendo o jogador me lembra bastante as gaiolas do jogo do Ligeirinho do Super Nintendo, ou então o infame Sonic 4. Isso veio antes com Havoc. Hehehehe chupem Ligeirinho e Sonic!










High Seas Havoc é uma grande decepção. Poderia ter sido um grande jogo, até mesmo um game impecável. Mas não deu! Com os defeitos gravíssimos que eu lhes apresentei, Havoc é uma mistura de raiva, frustração e decepção. Mas há quem goste do game.





É isso aí galera! Se gostaram dessa matéria, compartilhem para seus amigos para que eles possam ver e conhecer o blog. Comentem o que acharam da matéria e se já jogaram esse game. E sigam o Bonk aqui no Blog e nas redes sociais. Até a próxima, galera retrô!

2 comentários:

  1. Fala, Weslley!

    Se esse jogo tivesse boa jogabilidade e bom design, poderia até mesmo ser um dos melhores do MD, pois em se tratando de gráficos e OST é muito acima da média.

    Pena que pecou nos pontos cruciais.

    Mas ainda darei uma chance ao game. Você elogiou demais antes de crucificar, então ativou um sinal de alerta aqui...rs.

    E outra, sinto falta dos tempos em que toda desenvolvedora queria ter seu mascotinho antropomórfico buscando um lugar honesto ao lado de Mario e Sonic, ou mesmo almejando ser tão grande quanto estes dois!Para o bem ou para o mal, surgia cada pérola (estou olhando pra você, Bubsy).

    Ótimo texto, Weslley! Abração!

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    1. Eae Cannibale! Bom te ver por aqui novamente. Tive que elogiar o game aonde ele merecia né. Só é uma pena que as críticas foram na parte mais essencial de um game, na jogabilidade. Se ao menos algum dos quesitos técnicos fosse ruim em troca da diversão, o game seria até bem recomendado.
      Sobre mascotes, eu diria que foi uma febre na década de 90 que assim como o Grunge foi bem relevante, mas poucas coisas se salvaram depois.
      Valeu por prestigiar o Blog Cannibale \o/

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