quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Review - Street Fighter II': Champion Edition (PC Engine)

 

Street Fighter II': Champion Edition

PC Engine

Capcom

NEC

1993



Um port campeão de respeito da NEC



Em 06 de Fevereiro de 1991, a Capcom lançou um dos games que revolucionou a indústria dos games. Street Fighter II: The World Warrior foi desenvolvido na placa de Arcade CPS-1, o jogo, se não foi o criador, praticamente definiu a base do que seria um jogo de luta. O curioso, é que Street Fighter II recebeu tempos depois várias atualizações, como a Champion Edition, Turbo e The New Challengers.

O jogo foi aclamado pela crítica e pelo público, aparece facilmente em várias listas de melhores jogos de todos os tempos e de jogos fluentes de todos. E como todo bom jogo na época, recebeu muitos ports, contando todos os ports de todas as atualizações, a quantidade gira em torno de 70 ports. Pode ser que tenha mais ou menos, mas é isso aí mesmo, 70 ports. Porém, para celebrar os 30 anos, resolvi falar de um dos ports da versão Champion Edition, a respeitável versão de PC Engine. Então bora falar dela?



Parabéns Street Fighter II pelos 30 anos. Jogo que praticamente estabeleceu todos os moldes do que os jogos de luta seriam em diante. Vida longa a Street Fighter II. Imagens retiradas do vídeo de Street Fighter II: The World Warrior do canal World of Longplays.


Street Fighter II’: Champion Edition para PC Engine foi lançado em 12 de Junho de 1993 exclusivamente no Japão, no formato de HuCard. É o maior jogo do PC Engine nesse formato, com nada mais e nada menos do que 20 fucking Megabits de tamanho. O mais interessante de tudo, é que quem desenvolveu esse port foi a própria Capcom, mas quem publicou foi a NEC, minha opinião sobre isso, o que eu acho, é que como as third-parties nessa época estavam começando a sair do monopólio da Nintendo, a Capcom não se arriscou em publicar o game pro PC Engine, ou então a NEC que quis mesmo, sei lá; tirem suas conclusões. Esse port recebeu muitos elogios da crítica e dos jogadores, inclusive sendo considerada uma das melhores versões caseiras. Bem... Será mesmo que esse port é tão bom assim? É o que vamos descobrir! Aaah! Aqui só vou analisar como ficou port, não vou explicar como é o game né, seria um absurdo e eu insultaria a inteligência de vocês. Fechou galera? Beleza então!










Já dá pra sentir o naipe desse port né? Iremos mergulhar nesse verdadeiro milagre de programação para o PC Engine.



O JOGO

 

A única coisa cortada da versão de Arcade foi a abertura, onde aparecem dois lutadores, e um soca a cara do outro. No lugar, aparece a mesma abertura do The World Warrior, port de Super Nintendo, só que no PC Engine aparece Champion Edition. De resto, está tudo intacto. As historinhas dos lutadores quando zera o game, os 12 lutadores também estão presentes, também tem a opção de duelar contra o amiguinho no modo versus, só que nos estágios bônus, tem apenas dois, o bônus dos barris pegando fogo foi cortado do port. Mas... Para quem morava nas cavernas e saiu hoje, Street Fighter II funciona da seguinte forma: o jogador escolhe algum dos 12 lutadores, e tem que ir derrotando todos os lutadores até chegar no chefão do game, o Vega (lembrando que é a versão japonesa). Zerando o game com qualquer personagem, aparece uma pequena historinha de encerramento. Felizmente, a versão de PC Engine perdeu quase nada da versão de Arcade, fruto dos 20 Megabit de tamanho do HuCard.


Os 12 lutadores estão presentes nesse port. E eles estão na sua plenitude. Lembrando que foi na Champion Edition que os 4 chefões passaram a ser jogáveis.


A icônica fase bônus do carro. Infelizmente aqui, foi cortado a última fase bônus, a de destruir os barris de fogo.








O jogo praticamente ficou quase intacto nessa versão, com alguns cortes que eram de se esperar. Mas o jogo do arcade tá no PC Engine. Fruto dos 20 Megabits de tamanho do HuCard.



GRÁFICOS

 

É de fácil entendimento que o PC Engine não conseguiria rodar graficamente com 100% de fidelidade a versão de Arcade, mas não se preocupem, pois a Capcom conseguiu milagrosamente deixar o port bem fiel, porém, é claro que algumas reduções gráficas tinham que ser feitas. Os cenários perderam bastantes detalhes, pois poucas coisas se movimentam nos cenários ou então foram cortados mesmo. Os personagens perderam frames de animação, mas foram pouquíssimas percas de frames, pra ser sincero, só uma olhada bem perspicaz seria capaz de julgar bem as animações das duas versões. Mas felizmente, apesar das inevitáveis percas, a Capcom fez um baita trabalho, pois a versão de PC Engine consegue ser fiel a versão de Arcade nos limites do console. Aliás, Street Fighter II explora ao máximo o hardware do PC Engine, e aonde pesquisei, o jogo foi desenvolvido no HuCard mesmo, sem nenhum acessório de melhoria.


No estágio do Dhalsim, os elefantes do meio foram cortados no port do PC Engine.


No estágio do Ken, os espectadores de fundo tiveram suas animações mantidas, porém com menos quadros de animação. O barco porém não fica mais balançando como no Arcade.


No estágio do Guile, das 4 pessoas assistindo a luta, apenas duas tiveram suas animações mantidas, as outras duas ficaram completamente estáticas.







Como era esperado, houveram cortes e reduções gráficas, pois o hardware do PC Engine é bem inferior ao da CPS-1 do Arcade da Capcom. Mas ainda sim, os gráficos ficaram excelentes.



ÁUDIO

 

Por incrível que pareça, esse é o departamento que ficou intacto, claro, nos limites do console. As vozes, os efeitos sonoros, as músicas, estão todos aqui. Sobre as músicas, é o que ficou aquém do port; elas não ficaram ruins, ficaram decentes, mas ficaram estranhamente cadenciadas, um pouco lentas. Pelo menos as vozes ficaram fiéis a versão de Arcade, é até surpreendente como a Capcom conseguiu traduzir a fidelidade do Arcade no PC Engine (EM FORMATO DE HUCARD) as vozes e os efeitos sonoros. Se não fossem as músicas, esse tópico seria perfeito para o port do PC Engine.


A música da Chun-Li ficou muito boa no port. Uma das melhores músicas nessa conversão pro PC Engine.


A música do Blanka... Ah cara! Não ficou nada legal.


A música do M. Bison (Vega no Japão) é um meio termo. Ao mesmo tempo que ficou decente, ficou meio esquisita.





No quesito áudio o jogo tira uma nota 7,0; só não tirou 10 porque as músicas ficaram muito esquisitas nesse port. Algumas ficaram muito boas, mas algumas outras ficaram bem estranhas, umas para não dizer péssimas.




JOGABILIDADE

 

Antes de qualquer coisa, quero avisá-los uma coisa: se forem jogar no PC Engine, USEM O CONTROLE DE 6 BOTÕES!!! Sério, evitem futuras frustrações. Claro que no emulador é só escolher o controle de 6 botões, configurar e ser feliz. Bem... Sobre os controles, ficou bem fiel a do Arcade. A jogabilidade continua sólida, muito bem responsiva e fluída, se souberem os golpes especiais, eles vão sair com naturalidade e perfeição. Então amigão! Não tente culpar seu fracasso aos controles, não vai colar essa desculpa esfarrapada. Então meus amigos PC Enginistas, podem ficar sossegados, pois os controles ficaram intactos. Boa Capcom!!!


Os comandos especiais respondem com muita fluidez, sai com muita naturalidade. Não só os comandos especiais, os comandos básicos também são precisos.


Aplicando aquele Shoryuken gostoso no nosso querido huebr Blanka.








A jogabilidade permaneceu sólida e bem natural. Portanto, você noob, não tente culpar os controles pois não vai colar.





DIFICULDADE

 

Antes de falar desse tópico, quero falar que joguei o game na dificuldade 4 estrelas, o que seria mais ou menos o modo Normal, enfim, dado o recado, bora falar da dificuldade desse port. A versão Champion Edition, foi a primeira atualização do game, ela trouxe a possibilidade de jogar com os 4 chefões finais e balanceou a dificuldade. Pois é, o port segue fielmente a dificuldade da versão original, quanto mais estrelas acrescentar, maior será o desafio. Graças aos Deuses do Videogame, o Vega (Balrog no Japão), esse espanhol maldito, ficou mais justo na versão Champion Edition, pois na versão The World Warrior, ele era apelativo demais, podia endoidar de uma maneira que beirava o ridículo, e ficava dificílimo derrotá-lo. No mais, o port do PC Engine segue fielmente o desafio da versão de Arcade.


Felizmente esse desgraçado na Champion Edition ficou mais justo de se enfrentar. Não mais fácil, esse espanhol pau no rabo ainda vai dar muitas dores-de-cabeça para o jogador.

Sagat! Você continua ridículo! Como diria meu amigo Junião do Minicastle Org, esse Sagat é muito scriptado!




Já o M. Bison (Vega no Japão)... É! Ele continua difícil, chato e infeliz. Preparem uma dose de calmante antes de enfrentar esse psicopata poderoso.










A dificuldade permaneceu intacta no port do PC Engine. Para quem gosta de desafio e quer se aventurar nesse port, podem ir tranquilos, pois é um Arcade em casa (referências piadistas).




CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Street Fighter II’: Champion Edition do PC Engine, é um fantástico port. Aliás, ele é mais do que isso, é um milagre de programação. A Capcom fez um trabalho primoroso, e aproveitou com excelência os 20 Megabit de tamanho. Com gráficos fiéis apesar de reduções e cortes esperados, áudio que beira a perfeição, jogabilidade intacta e dificuldade igual a do Arcade, para quem quiser conhecer esse port, pode conhecer sem medo de ser feliz, pois é um dos melhores ports de Street Fighter II, e é facilmente um dos melhores jogos do PC Engine. É super recomendadíssimo jogar e não deve em nada aos outros ports.


Zangief prestes a me dar um Pilão. Undertaker deve ser muito fã do Zangief.


Aquela sensação maravilhosa de derrotar esse canalha e zerar o game.



Final icônico do Ryu e aquele sentimento de missão cumprida.











Street Fighter II': Champion Edition para o PC Engine é um verdadeiro milagre de programação, os fãs do console devem bater palmas para a Capcom que fez um trabalho exemplar. Tentou colocar um Arcade no console de 16 bits da NEC, não conseguiu totalmente mas seu esforço valeu muito a pena, o port ficou fenomenal. VALEU CAPCOM!

4 comentários:

  1. Fala, Weslley!

    Que port decente hein!

    Nunca joguei, apenas vejo vídeos pela internet e parece muito competente. O importante é que mantiveram intactos a jogabilidade, a quantidade de lutadores e de cenários. Levando em consideração que é um PC Engine, as perdas que ele recebeu parecem pormenores.

    À espera da sua análise de Street Fighter II de Virtual Boy kkkkkkk

    Abraço, Weslley! Bom vê-lo a todo vapor na produção de conteúdo!

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    1. Eae Cannibale!
      Um dos melhores ports da versão Champion Edition. Não deve em absolutamente nada dos outros ports.
      A Capcom conseguiu fazer milagre colocando boa parte da versão de Arcade no PC Engine, isso no formato HuCard sem nenhum acessório de melhoria. Ficou fiel nas limitações do console. Pode jogar sem medo de ser feliz.
      Sobre a versão de Virtual Boy, vou dar uma olhada bem minuciosa, pois fiquei bem curioso.
      Valeu por prestigiar o Blog Cannibale.

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  2. Joguei bastante essa versão do PC Engine e é uma das minhas preferidas do jogo. É incrível o que esse pequeno grande console era capaz de fazer as vezes. Em alguns aspectos, como nas vozes, consegue ser até melhor que a versão do Mega Drive.

    Parabéns pelo blog, Weslley. Que venham mais outros ótimos reviews.

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    1. Eae MX! Que bom te ver por aqui! Fico bem felizão com sua visita.
      É um dos melhores ports com toda certeza, temos que bater palmas para o feito da Capcom em portar para o PC Engine. A parte do Áudio em boa parte acho melhor no PC Engine, mas as músicas ficaram melhores no Mega Drive. Tirando as músicas e umas reduções e cortes gráficos, o port ficou muito competente.
      Valeu por prestigiar o Blog Marcos.

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