sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Review - Bulk Slash (Sega Saturn)


Bulk Slash
Sega Saturn
CAProduction
Hudson Soft
1997




Um milagre poligonal e Rock N' Roll pros 32 bits da Sega.

 

Bulk Slash, é um game de Ação de Mechas com mistura de Run N’ Gun e Shoot ‘em Up em 3D. Desenvolvido pela CAProduction e publicado pela Hudson Soft, foi lançado em 11 de Julho de 1997 exclusivamente no Japão para o Sega Saturn. E sim amigos, vocês não estão bêbados, cegos ou loucos, eu escrevi jogo em 3D e Sega Saturn num roteiro, mas antes de falar do jogo em si, falarei das duas empresas mencionadas antes.

A CAProduction desenvolveu jogos absolutamente impressionantes como:

  • ·       Ginga Fukei Densetsu: Sapphire (PC Engine Super CD-ROM²)
  • ·       Kishin Douji Zenki: Battle Raiden (Super Famicom)
  • ·       Hagane: The Final Conflict (Super Nintendo)

Ginga Fukei Densetsu: Sapphire. Shmup excepcional que graças a emulação ganhou seu devido reconhecimento. O jogo tem até modelos poligonais, fazendo extrapolar o hardware do PC Engine.


Kishin Douji Zenki: Battle Raiden. Um Beat 'em Up com plataforma que é até bonzinho. Mas que poderia ter sido melhor.

Hagane: The Final Conflict. Um jogo excelente nos aspectos técnicos, mas que tem uma dificuldade beirando o absurdo.


Desta lista, talvez Hagane seja o mais conhecido, porém Densetsu Sapphire atualmente ganhou status de clássico cult graças a emulação. A Hudson Soft atualmente é subsidiária da Konami, foi comprada em 2011, fechando as portas e se fusionando em definitivo com a Konami em 2012. A Hudson é conhecida por ser dona de franquias como:

·       Bonk

·       Star Soldier

·       Adventure Island

·       Bomberman


O menino cabeçudinho das cavernas apareceu no NES, Super Nintendo, PC Engine, Game Boy e até mesmo no Game Cube. A franquia ganhou status cult graças a emulação.


Star Soldier é um Shmup que por incrível que pareça sobreviveu até a sétima geração no Nintendo Wii.

Até hoje, a treta de quem veio primeiro, Adventure Island ou Wonder Boy, se perdura, mas o fato é que a franquia da Hudosn Soft fez sucesso e se distanciou bastante do seu "meio irmão" Wonder Boy.


Bomberman é uma das franquias que melhor definem a palavra clássico, e tem milhares de jogos, desde os 8 bits até os dias de hoje.


Aliás, Bomberman é a única franquia que tá de pé até hoje nas mãos da Konami. 

Bem amigos, vocês viram que as duas empresas não são brincadeira não né, e vocês sabem que o Saturn tem um grande problema com jogos em polígonos. Será que essas duas empresas foram capazes de contornar um grande tabu no Saturn? É o que vamos conferir na análise de Bulk Slash, a primeira análise do Blog.


Tela intro do game. Muito simplória, mas pelo menos com uma música fantástica.



ENREDO


O game ocorre em um futuro em que a chefe militar Alois Gardona e os habitantes do planeta Blau planejam um golpe de estado contra seus opressores que venceram uma guerra galáctica, para trazer o poder de volta para suas casas com a ajuda de uma coalizão planetária. O piloto de caça SDF Cress Dawnley é encarregado de enfrentar Gardona e seu exército pra parar a guerra. O grande problema é que um dos aliados de Gardona é Reezen Ravia, sua melhor amiga de infância, e que jurou protegê-la a qualquer custo. Na verdade o enredo do game é mostrado através de uma cutscene muito bem animada se o jogador deixar rolando a tela título. Infelizmente o enredo foi tratado como um conceito apenas, infelizmente mesmo, pois esse game nas mãos de um bom roteirista teria uma excelente história digna até mesmo de filme, pois além de envolver muita ação iria envolver muita questão política. Enfim, nada é perfeito nessa vida.













Algumas imagens da excelente cutscene contando de forma bem implícita a história, que foi completamente deixada de lado, mas que poderia ter maior destaque.



O JOGO

 

São 7 fases ao todo, porém meio que pegaram inspirações em Mega Man 7 e Space Harrier II, porque é possível escolher em qual fase queira ir, porém não são liberadas de uma vez, conforme vai passando as fases disponíveis, o jogo vai disponibilizando mais fases para escolher, meio que lembrando Mega Man 7 aonde são disponibilizados 4 fases iniciais e depois que passar por elas são disponibilizadas mais 4 fases, e em Space Harrier II aonde a última fase só é disponibilizada se o jogador passar por todas as fases independente da ordem que escolher. Aonde eu estava mesmo? Ah é! Bulk Slash!










Essa é a tela de seleção de fases, onde só vai liberando todas caso vai progredindo durante o game, lembrando bastante o esquema do Mega Man 7.


No canto superior esquerdo aparece a navigator falando algo, seja quando acerta inimigos ou toma dano ou então para falar alguma coisa relacionada a fase, no canto superior direito tem mais ou menos a localização dos inimigos, eu digo mais ou menos pois os inimigos só aparecem no mapa, em forma de bolinhas, quando estão se aproximando, isso vale também para os objetivos da fase, que a propósito cada cor diferente no mapa indica uma coisa diferente, e essas cores significam:

  • ·       Vermelho (inimigos que morrem permanentemente)
  • ·       Amarelo (inimigos que respaunam)
  • ·       Branco (projéteis)
  • ·       Azul (objetivo da fase)
  • ·       Rosa (navigators)













Duas fases onde a ação é frenética e onde o mapa fica bem poluído.


No canto inferior esquerdo tem a barra de carregamento, essa barra quando cheia o Mecha solta uma bomba quando estiver na forma robótica terrestre, quando estiver na parte de nave o Mecha solta mísseis perseguidores quando o alvo estiver focado nos inimigos, a barra vai enchendo sempre e é automático; em cima da barra de carregamento pode aparecer uma outra barra, a de munição das armas especiais para o Mecha na forma terrestre, as três armas especiais são:

·       Letra F = Fire: atira fogo de maneira contínua

·       Letra B = Bezier: tiro verde que persegue e vai diretamente em algum inimigo que o jogador está direcionado ou não tão direcionado, é um tiro perseguidor.

·       Letra N = Napalm: vários tiros azuis abrangentes que são bem fortes e rápidos.

Esses tiros especiais são encontrados em caixas espalhadas pelas fases com a letra W, mas não são todas as caixas. Ainda no canto inferior esquerdo, embaixo das duas barras tem o life, onde o jogador vai perdendo life da direita pra esquerda, para recuperar o life é necessário achar o item Charge que é dropado de certos inimigos nas fases, porém só recupera um pouco de life.




Arma F (Fire)




Arma B (Bezier)





Arma N (Napalm)





Item Charge: pode vir de duas formas: S ou SS



No canto inferior direito há uma espécie de barra em forma de S, esse negócio é a velocidade do Mecha quando ele tá em forma de nave, o jogador pode aumentar ou diminuir a velocidade da nave, isso me lembra Thunder Force 3, as velocidades da nave são: 25%, 50%, 75% e 99%. POR QUE DIABOS NÃO COLOCARAM LOGO 100%? AAAAHHHH DESENVOLVEDORES...! Embaixo da barra de velocidade tem o cronômetro. SIM! Cronômetro! Todas as fases com exceção da terceira, o jogo disponibiliza 10 minutos pro jogador completar a missão, se zerar o cronômetro é missão falha e ainda o jogador morre, que castigo hein.

No meio inferior da tela tem a pontuação, mas que sinceramente não serve pra nada, ah não ser que o cidadão goste muito de pontuar. E no meio superior da tela, pode aparecer uma barra enorme: que pode ser o life dos chefões e o life de algum objetivo da fase que o jogador tenha que proteger, como por exemplo na terceira fase a nave que o jogador tem que proteger do ataque inimigo tem essa barra de life. O game tem um fator replay muito grande, isso porque todas as fases tem alguma navigator para encontrar, caso o jogador encontre-as, tem a escolha de trocar a navigator ou manter a mesma, porém a sétima e última fase a navigator está selada por uma porta, e esta porta só pode ser aberta caso o jogador zere o game com todas as navigators, ou seja meus amigos, vai ter que zerar o game seis vezes e jogar uma sétima vez para poder destravar a última navigator, e se me perguntarem se vale a pena, meus amigos, a última navigator é muito apelativa, quebra o jogo já que ela carrega os tiros em quase dois segundos, e os tiros especiais são infinitos, então zerem o game sete vezes, até mais, vale a pena, o game é muito bom. Acho que com isso cubro a parte do jogo em si.






























As quatro velocidades do Mecha em forma de nave. Pegando inspiração da franquia Thunder Force. Aliás a última screenshot tem o alvo da missão logo acima com um life à parte.



GRÁFICOS

 

O jogo é uma salada mista graficamente. É uma mistura de sprites normais, sprites pré-renderizados, modelos poligonais e desenhos em anime, sim, é um carnaval isso. Mas diferente do carnaval real que é uma porcaria, aqui o carnaval gráfico de Bulk Slash é muito gostoso de ser visto e apreciado. Primeiramente, vou falar do maior problema do Saturn, os polígonos. Os cenários, backgrounds, e os inimigos, e a espada do nosso Mecha todos são feitos de polígonos, e são muito bem feitos, muito bem construídos e bem suaves, além de bem coloridos. Os inimigos merecem muito destaque pois são bons modelos poligonais, mas o que chama a atenção são os chefes, que além de grandes são fantasticamente animados e com boa variação de cores. Na parte de sprites normais, os tiros do nosso Mecha e os itens do game são sprites pixelados, só que sinceramente não achei que ficou tão bom assim, ficou pixelado até demais, é gritante o nível de diferença de qualidade entre os sprites pixels e polígonos nas fases, exceto os projéteis do Mecha que ficaram muito bons e até divertido e delicioso de se ver. E na parte dos sprites pré-renderizados, o nosso Mecha e os projéteis dos inimigos são sprites pré-renders. O Mecha tanto na forma normal quanto na forma de nave é esse modelo de Sprite, e posso dizer que ele foi muito bem desenhado, além de ser um Mecha bem charmoso, além de que a transformação de nave é uma delícia de se ver. O Mecha tem uma animação bem fluída e bem construída, e que casa muito bem com os cenários poligonais. Os projéteis dos inimigos são modelos pré-renderizados sim, parece que não, mas os desenvolvedores usaram a mesma técnica de Donkey Kong Country, fazendo os modelos 3D e depois transformavam para modelos em 2D, porém aqui em Bulk Slash os desenvolvedores devem ter feito uma técnica bem diferente do jogo da Rare, pois apesar dos modelos serem bidimensionais eles se comportam como modelos tridimensionais, a minha teoria é que eles devem ter usados várias camadas de sprites para dar uma falsa sensação de polígonos e abusando do efeito gráfico chamado scalling, cujo qual os sprites podiam se redimensionar na tela, uma técnica que Yu Suzuki fez ficar famoso em jogos como After Burner e Power Drift. Ah é mesmo! O jogo também tem partes com artes em anime, como as cutscenes e as navigators, que por sinal ficou show de bola, mas show mesmo ficaram as cutscenes, é praticamente um anime no game de tão bem feito que é, só uma pena que a CAProduction não adicionou uma história mais relevante ao game e mais cutscenes. AAhhh! E tudo isso aí, rodando sem slowdowns, mesmo com as fases bem caóticas, eu praticamente não vi nenhuma queda de frames. Tem também, mas em pequeno porte, efeitos de transparência, quando os Mechas inimigos explodem e na quarta fase nos quadrados onde tem que colocar os Bom Shields, ficou bem legal, pena que ficou muito pouco. Claro que nem tudo é perfeito, se eu achasse algo para falar mal, seria que nos ambientes fechados, se os jogadores encostassem na parede, é possível meio que bugar o cenário vendo os inimigos e até ativando os ataques deles, e também cenários que as vezes nascem na cara do jogador ou então inimigos que dropam do nada, mas isso aí é casual, não atrapalha em nada no game e só estou sendo um rabugento chato perfeccionista mesmo. Essa mistura de gráficos não é a primeira vez que a CAProduction faz isso, ela também fez em Ginga Fukei Densetsu: Sapphire, e o resultado lá ficou igualmente incrível. Será que preciso dizer que amo os gráficos de Bulk Slash?

Só nessa imagem vemos sprites normais (as medalhas), sprites pré-renderizados (nosso Mecha e os tiros), e modelos poligonais (o cenário e os inimigos). Uma mistureba bem gostosa de se ver.



























Saturn também sabe fazer transparência, amiguinho! Basta uma dose de boa vontade de alguma desenvolvedora competente.




ÁUDIO

 

Aaaaahhhhh o áudio... QUE DELÍCIA CARA! Sério! Tudo no áudio é sinfonia para os ouvidos. Mas vamos tesourar o áudio, ou seja, vamos por partes. As músicas... O que dizer das músicas, galera? Foi uma das melhores coisas que ouvi na vida. Infelizmente não consegui encontrar exatamente o responsável pelas músicas, na internet é tido que quem fez foi Tsuyoshi Sato, porém a OST que baixei e muitos sites na internet é tido que o nome do compositor é Takeshi Sato, e pode ser que seja realmente de Takeshi, pois ele tem uma vasta lista de games que trabalhou, alguns games que ele trabalhou são:

·       An American Tail: Fievel Goes (Super Nintendo)

·       SWAT Kats: The Radical Squadron (Super Nintendo)

·       Dragon Ball Z: Budokai 2 (Game Cube/PlayStation 2)

·       Sakura Wars: So Long, My Love (Nintendo Wii)

·       Yoshi’s Island DS (Nintendo DS)

·       Bomberman Story DS (Nintendo DS)

E mais muitos outros jogos, se baseando em que foi ele mesmo que fez as músicas de Bulk Slash, aqui ele fez um trabalho impecável, pois todas as músicas são simplesmente sensacionais e que combinam com a atmosfera caótica do game. Eu diria que boa parte das músicas foram baseadas no Metal Neo-Clássico, de bandas e músicos como Yngwie Malmsteen, Cacophony e Vinnie Moore, e algumas das músicas foram baseadas no New Wave dos anos 80, de bandas como Duran Duran, A Flock Of Seagulls e Tears For Fears, sendo que em todas as músicas o teclado é muito presente. E o mais incrível é que em todas as fases, não há só uma música, podem existir até três músicas, a da fase, de quando está faltando pouco para completar o objetivo da missão e o do chefão, na última fase, o último chefão tem sua própria música, dando realmente aquele ar de chefão com grande importância. Se as músicas são foderosas até o talo, os efeitos sonoros são gostosos demais, ai que delícia! Tudo é muito agradável, os tiros, o Mecha se transformando na nave, o som de quando se toma dano, o som da nave aumentando a velocidade, as explosões, até a espada do nosso Mecha não foi omitido cara! Poah, são pequenos detalhes que fazem um game ser diferenciado dos outros games nos quesitos técnicos. No geral, o áudio é uma delícia cara!

Clique aqui para ver e ouvir a trilha sonora do game.

A segunda fase além de bonita, tem uma música tão boa mas tão boa, que é a minha música preferida do game.




JOGABILIDADE

 

Os controles apesar de serem muito bons e bem responsivos, podem causar bastante estranheza nos jogadores logo de cara, requerendo um tempo para poder pegar o jeito, me lembrando o mesmo caso de Ranger X, onde os controles eram bem diferentes do convencional. A jogabilidade é dividida em duas formas: a forma normal do Mecha e a forma de nave do Mecha. Na forma normal: botão B = atira, botão C = pula, e botão A = transforma o Mecha na nave. Na forma de nave: botão B= atira, botão C = muda a velocidade da nave, e botão A = é a transformação de nave pra Mecha. Nas duas formas, os botões X, Y e Z fazem aparecer no mapa a localização dos Targets, que são os alvos da missão, e os botões L e R giram a câmera para a esquerda ou direita, isso porque nos direcionais, para cima e baixo fazem o Mecha andar para frente ou para trás, e nos direcionais esquerdo e direito fazem o Mecha se movimentar apenas para esquerda ou direita, o L e R são importantes para fazer o Mecha virar para algum lado. Isso tudo também vale para a forma de nave. Eu falando tudo isso, pode causar um certo desespero para quem nunca jogou, mas fiquem tranquilos, mesmo sendo um pouco complexo, os controles são tão bons que tenho certeza que os jogadores se acostumarão rapidamente.



Na quarta fase é melhor jogá-la quase toda como nave, já que tem pouco chão para pisar.










Essa é a quinta fase, como ela é bem apertada, a melhor maneira de se passar é usando em forma de Mecha, usar a nave é pedir pra passar raiva.







Bulk Slash não se torna enjoativo justamente por ser bem variado na jogabilidade. E o melhor de tudo, é que em todas as fases é possível jogar como Mecha ou como nave, é só escolher.




DIFICULDADE

 

Chegou talvez a parte em que eu tive uma severa dificuldade para escrever, vou cobrir a dificuldade desse manolo aqui. Vocês sabem aquele ditado? “Rapadura é doce mas não é mole não”, pois é, esse ditado resume o game, ele não é um jogo que vai jogar pra você, mas também ele não é punitivo. O jogo tem continues infinitos, as fases tem um bom level design, tanto na parte terrestre quanto na parte aérea, e os chefes são épicos, aliando a excelentes designs gráficos e uma ótima música, os chefes dão aquele clima épico de batalha, e alguns podem dar bastante trabalho, mas nada de arrancar os cabelos, as fases tem um excelente balanceamento entre level design e dificuldade. Seria uma maravilha se os desenvolvedores não tacassem o foda-se para balanceamento em duas específicas fases: a terceira fase e a sétima fase. Meu Deus! Essas fases fazem qualquer monge perder a paciência. Um iniciante nesse game vai dar muito rage quit, pois são duas fases muito lazarentas em que não ajudam em nada o jogador, e sabem o que é pior? Em qualquer fase do game, se caso o jogador morrer, INDEPENDENTE DA PARTE DA FASE, volta TODA A FASE! EXATAMENTE AMIGUINHOS, VOCÊS VOLTAM A FASE TUDO DE NOVO! Faltou uma gotinha pra matar o chefão? FODA-SE, VOLTA TUDO! Não existe checkpoints, não não, volta tudo SEU NOOB DE MERDA! Agora imaginem isso na terceira e sétima fase? Sendo que a sétima fase, além da fase em si, tem uma porcaria de boss rush e só depois vem o chefão final. Divertido né? NÃO! NÃO É DIVERTIDO! Se isso não é masoquismo, então me expliquem o conceito de masoquismo. Porém amiguinhos, depois de jogar umas 700 vezes, o jogo fica mais fácil, o jogador acaba até mesmo descobrindo estratégias melhores de passar todas as fases, até mesmo a terceira e sétima fase é possível deixa-las mais palatáveis, então, tem que jogar bastante o game, mas até lá, se preparem para frustrações futuras. Mas o game é bastante divertido e balanceado na dificuldade.



Essa é a terceira fase. Uma fase de escolta. E todo mundo gosta de fases de escolta, né? Como se já não bastasse isso, o jogador ainda tem que destruir milhões de inimigos e procurar a navigator dessa fase, tudo isso tendo que proteger uma nave que deve estar sendo dirigida pelo Barrichello com duas naves de segurança mais inúteis que freezer pra esquimó.



Senhoras e senhores, essa é a sétima fase. Olhando essa imagem pode parecer maluquice minha, mas acreditem, essa fase podia estar numa lista de fases mais irritantes de todos os tempos, porque puta que pariu! Que fase do demônio! Se já não bastasse a fase ser apertada e obrigado a usar o Mecha em forma de nave, ainda tem uma porra de Boss Rush, e depois ainda tem o Boss Final, que é difícil pra cacete. E se morrer em qualquer lugar, VOLTA TUDO! Divertido né? Não! NÃO É! É puro sadismo!



As duas fases que vão separar os homens dos meninos. Se preparem pra gastarem o estoque de xingamentos nessas duas porcarias de fases.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 Senhoras e senhores, esse é Bulk Slash. Apesar de dois grandes deslizes, não tem como negar, o jogo é um milagre de programação no Saturn, a CAProduction fez um trabalho simplesmente exemplar em tudo. O jogo é muito divertido, um ótimo fator replay, tem gráficos exuberantes, áudio fantástico, jogabilidade que é bem gostosa, só deram uma pequena cagada na dificuldade porém no resto o jogo é bem balanceado e nada punitivo. Eu só digo uma coisa: JOGUEM! AH já jogou? Jogue novamente cara pálida! Vale muitíssimo a pena gastar horas jogando essa preciosidade. E digo mais, se esse jogo fosse lançado nos EUA, seria facilmente um dos clássicos do console, mas graças a um merda filho da puta (né Bernie Stolar) o game ficou somente no Japão. Espero que ele vire um clássico cult graças a emulação, pois Bulk Slash não merece o limbo, e sim muito mais reconhecimento.



Bulk Slash é a prova viva de que mesmo com alguma limitação de hardware de algum console, se a desenvolvedora for muito competente e tiver boa vontade, pode sair um excelente jogo. Só lamento profundamente o game ser exclusivo do Japão.




Eae galera! Essa é a minha primeira postagem aqui como um Blog. Se tiverem alguma crítica, por favor comentem, para eu ir melhorando cada vez mais, já que focarei só aqui, parando meu canal no YouTube. E se gostaram, também comentem e compartilhem o conteúdo para os amigos conhecerem o Blog.

É isso galera! Até um próximo jogo. Valeu!

4 comentários:

  1. Fala, Weslley! É muito bom vê-lo produzindo conteúdo, independentemente de para qual plataforma!

    Gostei da publicação. Eu não conhecia esse jogo e, pelo que foi dito, parece bastante interessante. A dinâmica das mecânicas implementada com tamanha liberdade é um grande atrativo, parece fazer da jornada algo instigante e nada monótono ou repetitivo.

    E que belos gráficos, hein? Se as screenshots já são exuberantes, em movimento deve agradar muito mais.

    Mantenha o tom descontraído, é o que dá personalidade ao seu material.

    Ps.: Fiquei curioso a respeito do Ginga Fukei Densetsu: Sapphire. Alguma possibilidade de o game pintar por aqui?

    No mais, acompanharei seu BLOG, sem dúvidas! Talvez eu até migre para cá também, uma vez que a rede social (aquela!) já morreu, nós só estamos lá para acompanhar o velório (risos).

    Obrigado por trazer à tona mais uma pérola perdida dos games. Abraço, Weslley!

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    1. Eae Cannibale! Blz?! Posso ter parado com o YouTube, mas parar de produzir conteúdo, jamais! Pelo menos aqui tô me sentindo mais a vontade.
      Quanto ao jogo, ele é bem variado, e o melhor, é que pode explorar as fases das duas maneiras: tanto como Mecha quanto como nave. Nos aspectos técnicos o jogo é impecável, explorando o hardware do Saturn ao limite.
      Sobre o Ginga Fukei Densetsu: Sapphire, o Marcos Xavier o mencionou no Retro Top de 5 Shmups do PC Engine, mas pode ser que pinte por aqui, isso se eu conseguir zerar, coisa que sou terrível em Shmups.
      Valeu Cannibale por prestigiar o Blog.

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  2. Show de bola, infelizmente esse jogo não foi lançado pra esses lados mas sempre achei ele muito !
    Sem falar que agora descobri como pegar a 7° personagem...kkkk achei que na última fase não tinha, pq procurava e terminava o jogo de tudo qto é forma vlw !

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    1. Olá mnakaya! Foi mais ou menos essa época que nenhum jogo de Saturn saía do Japão, graças a um retardado mental chamado Bernie Stolar que proibiu jogos japoneses serem lançados nos EUA, ele virou CEO da Sega nos EUA.
      Quanto a 7ª personagem, confesso que fiquei sem saber também como achá-la, só fui descobrir graças a um detonado que era necessário o game seis vezes com seis navigators diferentes.
      Uma pena mesmo esse grande jogo ter sido exclusivo japonês.
      Valeu mnakaya por prestigiar o Blog.

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