domingo, 17 de abril de 2022

Review - Animorphs: Shattered Reality (PlayStation)

 


Animorphs: Shattered Reality
PlayStation
SingleTrac
Infogrames
2000





Transformações animalescas





Animorphs: Shattered Reality é um game de Plataforma em 3D. Foi lançado exclusivamente para o PlayStation em 6 de Setembro de 2000, exclusivamente nos Estados Unidos. O game foi desenvolvido pela SingleTrac e publicado pela Infogrames. O jogo é baseado numa série de livros chamado Scholastic Animorphs, da escritora K. A. Applegate (ou Katherine Applegate). Antes de continuar, só quero avisá-los que nunca tinha ouvido falar nem dos livros, nem da escritora e muito menos do jogo. Então, quem tiver conhecimento sobre os livros, não me xinguem por alguma desinformação. Ok galera?
Antes de iniciar a resenha desse game, eu sei que vocês querem saber o que diabos é SingleTrac. SingleTrac foi uma desenvolvedora de jogos que foi fundada em 1995 e que fechou as portas em 2000. Curiosamente, essa desenvolvedora só trabalhou em 10 jogos, e desses jogos, apenas em um foi fora do PlayStation, pois o restante, foi tudo no console de 32 bits da Sony. Apesar de ser uma desenvolvedora meramente desconhecida, ela fez jogos bem conhecidos da galera, tais quais são: Twisted Metal 1 e 2, e Jet Moto 1 e 2. O mais curioso, é que Animorphs foi o último game feito pela SingleTrac, depois desse game, ela fechou as portas.

Twisted Metal é um dos grandes clássicos do PS1, além do que tem um dos personagens mais icônicos do console, que é o Palhaço Macabro. E tenho certeza que foi um dos jogos que influenciou vários moleques a virar roqueiros, devido a sua soundtrack Heavy Metal.

Jet Moto eu diria que é um clássico esquecido do PS1. Um jogo bem feito, com uma jogabilidade bem agradável e gráficos bem competentes. Quem nunca jogou, recomendo.

Com um histórico até que competente, por que Animorphs foi o último jogo da SingleTrac? Será somente uma coincidência? Ou o jogo é tão ruim que faliu a desenvolvedora? Bem... O porque que a desenvolvedora faliu eu não sei, mas posso responder se o jogo é bom ou ruim na análise abaixo. Então venham comigo em mais uma jornada obscura de mais um jogo desconhecido.

Essa é a única capa do game. Achei a arte muito boa. Só não sei se nos livros a arte é igualmente boa. Aí só quem já leu poderá falar melhor sobre isso.
Tela inicial do game. O estilo em si é até boa, mas acho que poderia ter sido melhor feita essa tela aí.
O jogo é bem tímido na sua apresentação, apesar da sua cutscene inicial. O que já começa essa análise com um meio pé esquerdo.





ENREDO

Visser Three obteve um Continuum Crystal que usará para controlar a realidade, e para aproveitar o seu poder, ele tenta usar uma máquina que permite alterar ou destruir a realidade, porém, o vilão calcula mal seu poder e o cristal ocasiona uma grande explosão que estilhaça a própria realidade. O cristal se divide em 4 pedaços, e cabe a quatro adolescentes chamados Animorphs acharem esses pedaços usando suas transformações morfadas em animais. Seria isso um Power Rangers animalesco? HUUUMMMMM!








Imagens da cutscene inicial do game, que aliás já se inicia antes da tela inicial do game. Visualmente a CGI é bem competente, não chega a ser uma maravilha que nem em Resident Evil 2, mas é bom o suficiente. O problema é que o enredo pelo que pesquisei é bastante curto mesmo, pode ser que seja mais expandido nos livros.





O JOGO

São 7 fases ao todo. O grande "diferencial" do game, é que 4 fases são na forma Plataforma e 3 fases são uma espécie de corrida contra o tempo. Isso até que poderia ser um grande ponto positivo, ou até então a melhor coisa do game, mas vocês vão ver que isso foi muito mal aproveitado, pra não dizer que foi mal feito.
No game, podemos escolher entre 4 Animorphs. Que são eles:

  • Jake



  • Rachel



  • Cassie



  • Marco



Antes que me perguntem. Não coloquei nenhuma informação extra sobre os personagens porque primeiramente não conheço os livros, muito menos os personagens, e segundamente, não faz a menor diferença qual personagem escolher, porque todos os 4 fazem a mesma coisa e as transformações não tem quase diferenças nenhuma. Vou dar minha crítica depois sobre as transformações, mas já adianto que são tão úteis quanto martelar a cabeça para aliviar uma dor-de-cabeça.
No jogo há itens, assim como em todo jogo de Plataforma, e os itens são bem úteis ao jogador. Bem galera, eu pesquisei pela internet e não consegui encontrar o nome dos itens, portanto, vou mencionar os itens com os nomes que eu criei, mas é só a título de menção mesmo.

  • Moeda A: É o item de maior frequência do game. Ele é assim como as moedas do Mario, as argolas do Sonic e as frutas do Crash, é o item que se coletar 100 o jogador ganha uma vida extra.


  • Cubo azul: Esse item é o checkpoint das fases. Na verdade, esse item é até abundante nas fases. E como ajuda esse item hein. Daqui a pouco vocês saberão a real importância desse item.


  • Esfera branca e luminosa: É o item que equivale a vida extra. Além de coletar 100 moedas A, pegar essa esfera é o outro jeito de ganhar vidas extras no game.


  • Cruz azul: Item que recupera um pouco da barra de life. Mas é bem pouco mesmo. Pode até ajudar o jogador, mas em partes mais caóticas com pouco life, a cruz azul é quase inúil.


  • Cruz vermelha: Item que recupera bastante da barra de life do jogador. Esse item sim, é muito útil e salva o jogador de enrascadas principalmente na parte de batalhar contra os inimigos e passar dos obstáculos das fases.


No canto superior esquerdo tem a quantidade de life do jogador, ao lado dessa barra de life, de vez em quando aparece uma barra de quantidade de vidas, ela só aparece quando o jogador pega aquela esfera branca representando a vida extra, e no meio superior da tela tem a barra de quantidade de moedas, e ela só aparece quando o jogador pega uma moeda. No geral, eu cobri o jogo em si. Ele é bem simples mesmo. E vou explicar agora o porque que é muito inútil escolher entre os 4 Animorphs... Não não!!! Na jogabilidade eu explico. Hehehehehe...

Huuuummmm! Sinto cheiro de plágio de um jogo clássico da Naughty Dog no PS1 hein. Principalmente do primeiro game.
Manos! Se isso não é plágio de Crash Bandicoot, então eu tô ficando louco. A fase se assemelha muito aquelas fases tipo caverna, sei lá! Até as plataformas se assemelham. Tô de olho em você SingleTrac!
Personagem dando mortal no pulo. Parece que o pessoal da SingleTrac adora Crash Bandicoot, ou então os Animorphs jogaram tanto Crash que queriam imitar seus movimentos.
Poderia ser a principal atração do game, mas eu vou especificar na jogabilidade o porque que as transformações são muito inúteis.
O jogo é bem simples no que se propõe, mas ele em muitas coisas chega a ser uma imitação muito barata de Crash Bandicoot.





GRÁFICOS

Visualmente, o jogo também não é grande coisa. Os cenários até que são decentes, com bons detalhes e até bem coloridos e variados. O problema dos cenários, é que tem partes onde parece que é vazio mas renderiza do nada, e elementos do cenário como a água que são bem feios. A água por exemplo, parece uma gelatina de tão esdrúxulo que foi feito. Mas o que ficou feio mesmo foram os personagens e inimigos. Os personagens são muito mal feitos, parecem que são pessoas deformadas, aliás, nem rosto os coitados tem, parecem até que são filhos do Slender Man. Mas tem algo muito mais feio que os personagens em si, que são as animações, que são bem... desconfortáveis de se olhar. Os personagens se movimentando parecem robôs ou que fizeram cocô nas calças, são muito travados e lentos. Isso tudo que dissertei, são nas fases Plataforma normal. As fases auto scroll, que eu chamo de fases de corrida contra o tempo, são bem decentes visualmente, com uma renderização de cenário que não irrita o jogador, e era comum na época o cenário renderizar na cara do jogador, vide Driver por exemplo. O grande problema dessas fases, é que a câmera tem momentos que ela fica bêbada e se movimenta irritantemente esquisita, e tem partes onde parece que dá pra passar mas tem que passar no espacinho correto, um centímetro ao lado e o jogador fica preso em algum obstáculo, mas visualmente o jogo não dá nenhum sinal, e isso é muito chato.
Concluindo a parte dos gráficos. O jogo tem mais pontos negativos que positivos, mas ainda sim eu acho mais ou menos o visual do game.

Essa é a fase The Dark, uma das fases que é corrida contra o tempo. Nela tem partes onde tem teias de aranha que tem que passar pelos espaços. Só que nesse caso, claramente eu tava passando pelo espaço e o jogo se negou a me deixar passar. Que feio hein jogo!
Mesmo o cenário parecendo papelão pintado, eu acho essa parte do jogo bem maneira visualmente.
Hehehehehehehehe! Contemplem essa linda imagem de um belíssimo cachorro com um belíssimo inimigo. Isso é arte gente!
Se isso foi uma tentativa de transparência da cachoeira, então falharam miseravelmente, pois ficou muito feio. O Saturn deve tá dando risada disso.











Mesmo com alguns pontos positivos, no quesito gráficos, o jogo deixa demais a desejar. E olha que o game é de 2000 hein. Então era obrigação capricharem nos visuais, e falharam muito.





ÁUDIO

As músicas não fogem muito do padrão de qualidade técnico do game, ou seja, bem mais ou menos. Algumas músicas são até qualificáveis de dar um ok, mas outras são simplesmente chatas e broxantes. As músicas pelo menos são variadas em estilo: tem músicas pendendo para o Rock Alternativo, outras tem uma pegada Rock Industrial e outras no estilo Eletrônica. O bom pelo menos é que todas as fases tem suas músicas próprias, o que não deixa o jogo ficar enjoativo. Os responsáveis pela OST do game são Chuck Meyers e Tom Hopkins. Achar informação sobre esses dois putos é complicadíssimo. Pela minhas fontes escassas, a dupla trabalhou junto somente nesse game e em Twisted Metal 1 e 2. Chuck Meyers tem uma carreira muito mais longa que Tom Hopkins, e esse sim tem um pouquinho mais de informação. Chuck tem uma lista até imensa de jogos que trabalhou, e como sempre faço aqui no Blog, vou destacar somente jogos mais famosos ou então alguns trabalhos mesmo:
  • Twisted Metal (PlayStation)
  • Twisted Metal 2 (PlayStation)
  • Looney Tunes Racing (PlayStation)
  • Toy Story 3 (PlayStation 3/XBOX 360/PC/Nintendo Wii)
  • NeverDead (PlayStation 3/XBOX 360)
Os efeitos sonoros são bem pobres em qualidade. Parecem estar bem abafados e baixos. A dublagem achei ok, só acho que os personagens enchem o saco quando terminam de lutar contra os inimigos e tentam ser metidos como Duke Nukem. Por falar em luta contra os inimigos, quando os personagens se transformam em animais e lutam contra os inimigos, as batalhas são uma tristeza sonora, muito ruins as dublagens e também são bem agudos.
O áudio do game não chega a ser horrível, mas se torna ruim em várias partes do game.

De acordo com minhas difíceis pesquisas no Google, esse cidadão aí é Chuck Meyers, um dos responsáveis pela soundtrack do game. Não foi um trabalho tão bom assim, visto que ele trabalhou nos dois Twisted Metal do PS1, que tinham OSTs incríveis. Mas pelo menos algumas músicas são pelo menos decentes.
Na minha opinião, a fase The Sea tem a melhor música do game. Diferente de quase toda OST, a música dessa fase tem uma pegada Ska Rock com Punk. É minha favorita de todo o game.
A música dessa fase tem uma pegada Rock Industrial, e principalmente quando chega na parte da batalha, a música vira um Metal Industrial. Seria uma pena se os efeitos sonoros fossem bem ruins.
Sendo bem justo, o barulho da água é até bem decente.
A música da The Swamp tem uma pegada bem Synth-pop, e é uma música cantada. É minha segunda música favorita do game, e é interessante ver uma música desse gênero em um jogo de Plataforma.










O áudio do game deixa muito a desejar. Não é de todo ruim ou péssimo, mas também não é aquelas maravilhas, com alguma coisa pontual que pode ser chamado de decente.





JOGABILIDADE

Bem... O jogo se assemelha a Crash Bandicoot nas partes de Plataforma, só que sem a girada como ataque. Aliás, nossos personagens só podem atacar quando estão transformados em animais, na forma humana eles só podem correr e pular. Nas outras seções do jogo, se assemelha muito a um game de corrida, só que contra o tempo, eu assemelharia aos clássicos da Sega Hang On e OutRun e ao clássico dos computadores Amiga Lotus Turbo Challenge. Nas seções Plataforma, na forma humana o botão X pula e os direcionais movimentam os personagens, na forma animal o botão Quadrado ataca. Nas seções Corrida contra o Tempo, o botão Círculo ativa o turbo, mas o turbo só pode ser ativado quando a barra verde do lado inferior esquerdo estiver completamente cheia.
E o que dizer da jogabilidade hein? Ela não compromete, mas é simplória demais, os personagens são muito lentos e os ataques dos animais são patéticos de se ver. Mas o maior problema da jogabilidade é as partes plataforma. Como falei anteriormente, o jogo lembra Crash, principalmente no level design, mas nesse quesito o jogo é péssimo! A noção de profundidade é simplesmente medonha, e para pular de uma plataforma para outra, principalmente plataformas em movimento, o jogador tem que calcular certinho o pulo e ainda dar umas rezadas. A câmera do jogo por incrível que pareça não atrapalha não, só nas seções corrida contra o tempo, onde tem certas partes onde a câmera parece que tomou 7 copos de Combo e fica bem bêbada. Mas as seções Plataforma são gravíssimos essa falta de senso de profundidade, e não é muito difícil o jogador chegar a perder muitas vidas.
Enfim! Os controles apesar de serem bem simplórios para um game de PS1, eles são decentes, mas a jogabilidade fica bem prejudicada com um level design bem ruim em quase todas as fases e a noção de profundidade ser uma merda.

Fazendo o insetinho aí soltar turbo pelo... Brioco!
Já na primeira fase o jogador vai sentir o problema gravíssimo da falta de senso de profundidade das partes de Plataforma.
Nessa parte aqui, claramente eu pulei certo na caixa, mas o jogo simplesmente não aceitou e me matou. Simples assim! O jogo mandou um "NÃO" para mim.
As lutas na parte dos animais praticamente não tem capricho algum, e me parece somente um enchimento de linguiça para prolongar o jogo.












Os controles não são de jogar no lixo, mas as partes de Plataforma são simplesmente terríveis e que possivelmente vão afugentar jogadores mais casuais.





DIFICULDADE

O jogo não seria tão difícil assim, se não fossem as partes de Plataforma, que como falei acima, além do péssimo level design, a falta de noção de profundidade vai atrapalhar demais os jogadores. O jogo não é nem de longe cruel, muito longe disso, acho até que a dificuldade é aceitável, e ainda mais que o jogo fornece muitas vidas extras, sendo as esferas brancas ou até mesmo moedas que não acabam mais, então sofrer game over eu diria que é bem difícil mas não impossível. As lutas nas partes morfadas em animais, eu uso um truque de bater e sair do inimigo, porque é um jeito fácil de derrotar os inimigos, e até porque ficar tentando bater a toda hora, os inimigos vão defender os ataques e vão contra-atacar, e eles arrancam uma quantidade considerável de life. Mas sobre as batalhas, elas podem ser complicadas se tiverem mais de um inimigo, aí fica tenso tentar desviar. Mas se seguirem a minha dica, as batalhas ficam bem fáceis, ir no modo porradeiro as batalhas ficam muito difíceis.
O jogo tem uma dificuldade mediana mas que aumenta nas seções de Plataforma devido a horrível sensação de profundidade.

Pode parecer que seja fácil fazer esses pulos, mas tentem fazer com os defeitos que mencionei do game, e vocês irão rezar para concluir os pulos.
Essa coisa aí é o chefão final. E a batalha? É chata e muito provavelmente o jogador de primeira viagem irá perder uma vida devido ao limite de tempo. Isso porque essa merda de plataforma desce depois de algum tempo.
O jogo foi uma tentativa de copiar Crash. Mas só faltou copiar a qualidade também.
As fases de corrida contra o tempo não são lá tão difíceis assim, acho até que servem de relaxante depois de se frustrar enormemente nas fases de Plataforma.











Se não fosse a pífia profundidade 3D que esse jogo tem, o jogo até que seria bem fácil. Mas com esse defeito grave, o jogo pode ficar difícil e muito frustrante.





CONSIDERAÇÕES FINAIS

Animorphs: Shattered Reality é um jogo que beira a mediocridade, mas que não é um jogo medíocre. Infelizmente ele tem mais pontos negativos que positivos, o que o torna um game que beira a ruindade. Nos aspectos positivos: as músicas são ok e os gráficos em determinadas partes é bem ok. Mas o resto deixa muito a desejar, principalmente na jogabilidade e na dificuldade com um péssimo senso de profundidade 3D e um level design muito ruim, isso também falando que nos visuais o jogo é muito feio para um game de 2000. Animorphs não é um game terrível, mas passa longe de ser bom. Eu não indicaria para jogar, porém, eu indico jogar apenas por curiosidade.

Fazendo o esqueminha que dissertei acima, as lutas contra os inimigos podem durar até questão de segundos.
Do nada essa parte da fase virou Silent Hill? Que jogo estranho!
Essa parte antecede a luta contra o chefão. Depois de tudo que dissertei da dificuldade e jogabilidade, vejam se é confortável passar por essa parte?
Não sei se dissertei, mas essas fases de corrida contra o tempo lembram muito o jogo do Pepsi Man, que é outro jogo estranho.












Infelizmente, Animorphs peca justamente nos quesitos primordiais em um jogo de Plataforma 3D, por isso que eu não recomendo esse jogo, mas também não vou crucificar quem queira jogar esse game. Acho que vale uma jogatina apenas por curiosidade e nada mais do que isso.





É isso aí galera! Se gostaram dessa matéria, compartilhem para seus amigos para que eles possam ver e conhecer o blog. Comentem o que acharam da matéria e se já jogaram esse game. E sigam o Bonk aqui no Blog e nas redes sociais. Até a próxima, galera retrô!

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