domingo, 5 de setembro de 2021

Review - Majyuuou (Super Nintendo)

 


Majyuuou
Super Nintendo
Nihon Soft System
KSS
1995





O rei dos demônios





Majyuuou é um game de Ação, Run and Gun e Plataforma side scrolling 2D. Desenvolvido pela Ninhon Soft System e publicado pela KSS, foi lançado em 25 de Agosto de 1995, exclusivo para o Super Famicom no Japão. Uma pequena curiosidade sobre o nome do jogo, é que pela internet o nome do game possui três escritas: Majyuuou, Majuÿö e Majuu Ou. Pelo Wikipédia, GameFaqs e vários vídeos no YouTube, tá como a primeira escrita, e foi nela que escolhi para escrever na matéria. Se tiver errado, me perdoem gente, não sou um Filipe Andrade que manja japonês. Aliás, traduzindo o nome japonês para inglês fica King of Demons, por isso o nome do título da matéria: "rei dos demônios", e também isso tem haver com relação ao enredo.
Sobre o jogo em si, ele lembra bastante Castlevania, Mega Man, Contra, Rambo, Altered Beast e até mesmo Street Fighter. Comentarei melhor depois na jogabilidade ou em outros tópicos.
O jogo é exclusivamente japonês, e vocês vão perceber ao longo do review o porque que esse game ficou somente na Terra do Sol Nascente. Então, sem mais enrolações. Bora conhecer mais uma pérola japonesa que graças aos emuladores não caiu no limbo da obscuridade eterna.

Essa é a única capa do game. E meus amigos... Que capa bizarra! Não bizarro de ser feio ou mal feito, mas por ser bem estranho mesmo. E já a capa, mostra muito bem o que o jogador vai encontrar no game. BIZARRICES!!!
Tela título do game. O nome tá King of Demons, porque a ROM que tenho é traduzida para inglês. A tela é muito simplória. Podiam ter feito coisa bem melhor aqui.
Na parte da apresentação, o jogo se divide na qualidade. Sua capa é muito boa e mostra bem o que o jogador vai encontrar no game, porém sua tela título é muito simplória e quase genérica.





ENREDO

Abel e Bayer eram grandes amigos. Porém! Bayer vendeu sua alma para os demônios. Abel, vai na caça de encontrar sua esposa Maria e sua filha Iria, mas para piorar, Bayer assassinou Maria e sequestrou Iria para ressuscitar o tal Rei dos Demônios. Abel furioso, tenta vingar Maria e ir resgatar sua filha e matar Bayer. O jogo possui dois finais: o final bom e o final ruim. Depois explico como fazer o final bom.
Sobre o enredo. Vocês puderam perceber do porque que esse game é exclusivamente japonês né! Sacrifício, satanismo. Duvido muito que um game com essa temática viria aqui para o Ocidente.













O game tem pouquíssimas linhas de diálogo, o que já é mais do que o suficiente para entender o enredo do game. Aliás, somente na primeira fase e na última fase tem diálogos. Não coloquei imagens dos diálogos finais para não dar spoilers né.





O JOGO

São 7 fases. E tirando a primeira, a quarta e sétima fase, as outras fases são divididas em áreas, e cada fase tem seu número determinado de áreas. Antes de iniciar cada fase, aparece um mapa indicando aonde o jogador está localizado. No canto superior esquerdo tem duas barras: a de cima é a barra de life, e a de baixo é a barra de força no qual explicarei mais tarde pois é parte da jogabilidade. No meio superior da tela tem a quantidade de vidas que o jogador possui, representados na tela com um coração. E no canto superior direito tem o score, a pontuação do game, e abaixo tem o Time, o tempo que a fase disponibiliza para o jogador passar a fase.
Agora, vou falar dos itens do game. Que são esses:

  • Health orb: É uma esfera pequena azul que recupera um pouco de life. Em várias afses, esse item aparece em abundância, ajudando bastante o jogador a não depender do sacrifício da Maria e não chegar com pouco life nos sub-chefes e chefes.



  • Holocaust: É uma grande esfera laranja que ocasiona uma explosão branca na tela, matando todos os inimigos que aparecem na tela. Curiosamente, esse item só aparece na quarta fase. Poderiam ter colocado mais desse item no jogo.



  • Key: Item que serve para abrir certas portas trancadas. Esse item só aparece quando o jogador derrota certos sub-chefes, daí depois eles dropam a chave. É um item que se tivessem descartado, não faria falta nenhuma.



  • Fairy: Na verdade, não é item. É uma fadinha que acompanha o personagem. Essa fadinha é a Maria. A utilidade dela, além de acompanhar o jogador, é protegê-lo de projéteis vindos de cima e atacando os inimigos com suas investidas. Caso o jogador morra perdendo todo o life, Maria se sacrifica ressuscitando Abel e enchendo o life dele todo. Para conseguir de novo a fadinha, basta o jogador encontrar a alma da Maria em certos locais no game, e caso o jogador já tenha a fadinha e encontrar a alma da Maria, o jogador enche o life inteiro e ocasiona uma explosão na tela matando os inimigos que aparecem na tela. O jogador não perde a fadinha mesmo morrendo se cair em algum buraco.




Agora eu vou falar também das transformações e das diferentes formas de Abel durante o game. E agora vocês vão entender a parte "Altered Beast" da coisa. Abel pode se transformar em outras criaturas com suas habilidades próprias, e ele começa o game na forma humana, assim como é no jogo da Sega. Pro jogador se transformar nas criaturas, é necessário derrotar certos chefões do game, e se forem derrotados, aparecem três jóias de diferentes cores, que são Laranja, Verde e Azul, posteriormente aparecerá uma quarta jóia, a Platina. O jogador pode escolher qual jóia ele quer para se transformar, basta o jogador atira na jóia selecionada e pegá-la quando cair no chão. Porém, o jogador não pode demorar muito para pegar a jóia, pois a jóia simplesmente some se o jogador não pegar. Então não durmam no ponto em pegar alguma jóia. E as transformações e formas de Abel são essas:

  • Abel: É a forma humana e no qual o jogador começa o game. Ele utiliza uma 9mm Beretta para atacar. Seu poder carregado é a Soul Sphere, no qual eu chamo de Hadouken. Ele pode fazer uma cambalhota para esquivar dos inimigos e ataques. Abel na sua forma humana lembra demais o Rambo.






  • Hybrid: É uma mistura da forma humana de Abel com uma Harpia. Seu ataque normal é uma lâmina crescente verde que se movimenta de jeito circular. Seu ataque carregado se chama Sun Flare, que é uma grande esfera vermelha com lâminas em volta da esfera. Sua esquiva é em forma de uma estrela. Seus ataques não são fortes, são só um pouco melhores que a forma humana, mas ainda sim demanda vários projéteis para derrotar os inimigos. Não é uma transformação forte não, eu diria que é a mais fraca das quatro transformações. Para obter essa transformação, o jogador tem que pegar a jóia Laranja.







  • Centurion: Nessa transformação, Abel parece um monstro soldado. Seu ataque normal é um tiro lazer. Seu ataque carregado se chama Emerald Rings, que são dois grandes anéis verdes. Sua esquiva é em forma de teleporte, mas ele só pode se teleportar para frente. Essa transformação tem uma força de ataque mediana, o grande problema dele é que ele é lento e a esquiva dele não é muito confiável. Mas não é uma má escolha não se escolher ele. Para obter essa transformação, o jogador tem que pegar a jóia Verde.







  • Azure Dragon: Essa transformação fica clara no que Abel se torna, em um Dragão. Nessa transformação, seus braços dão lugar a asas, mas infelizmente, esse dragão não sabe voar. Seu ataque normal é um tiro de várias esferas azuis no qual a primeira esfera é maior e acompanhada por outras esferas pequenas. Seu ataque carregado se chama Dragon Spirit, que é uma grande cabeça de Dragão de chamas azuis que voa em uma pequena curva pra cima. Sua esquiva é tipo um dash (lembrando Mega Man X), no qual ele dá uma corridinha para frente, como se fosse uma investida. É a transformação mais forte dentre as três possíveis e é a que eu mais gosto. Para obter essa transformação, o jogador tem que pegar a jóia Azul.







  • Dark Angel: É a forma definitiva de Abel como demônio, e essa transformação só é possível se o jogador for fazer o final bom do game. Sua pele é preta e parece uma armadura, ele tem asas douradas e penas de anjo. Seu ataque normal dispara grandes disparos de fogo que atravessa os inimigos. Seu ataque carregado se chama Inferno, que são ondas de fogo que formam pilares de fogo que vão ficando menores a cada vez que se movimentam, porém esse ataque só funciona no chão. Sua esquiva é um movimento chamado Dança das Sombras, onde Abel dá uma investida pra frente e deixa uma pós-imagem para trás. Preciso nem dizer que é o melhor demônio né?







Antes de falar dos finais do game, o jogador pode escolher três jóias de uma mesma cor, escolhendo isso, o jogador fará uma super transformação de um dos três demônios possíveis, que são eles: Metahuman (3 jóias laranja), Sentinel (3 jóias verde) e Platinum Dragon (3 jóias azul). Essas transformações, além de mudarem a forma física, deixam os demônios mais fortes com habilidades melhores. Porém, o jogador pode optar também por jogar o game todo somente com as transformações básicas, é só escolher duas vezes alguma jóia ou então escolher alguma jóia e as outras deixar desaparecer, até mesmo o jogador pode jogar somente com a forma humana de Abel. Sabem o que isso tudo significa? O jogo dá imensas possibilidades ao jogador pode jogar o game de maneiras diversas, e isso é muito legal, pois o grande problema do game é que ele é muito curto, e essa variedade, dá uma longevidade a ele, pois o fator replay é muito grande.
O jogo possui dois finais: o final bom e o final ruim. Não vou falar como termina o jogo nos dois finais, mas vou explicar como fazer os dois finais.

Final bom: para fazer esse final, o jogador é obrigado a escolher as três jóias em sequência: laranja, verde e azul. Fazendo isso, a quarta jóia aparecerá na cor platina, indicando que deu certo o caminho para fazer o final bom, e derrotando o chefão final, o jogador fará o final bom.

Final ruim: para fazer esse final, o jogador pode escolher livremente qualquer jóia, ou então fazer alguma super transformação dos três demônios possíveis. Fazendo isso, a quarta jóia aparecerá de uma das três cores, indicando que o jogador não se transformará na forma suprema, e derrotando o chefão final, o jogador fará o final ruim.

Ufa! Vocês perceberam a semelhança com Altered Beast? Poder se transformar em outras criaturas e começando o jogo na forma humana. Como falei acima, o maior problema do game ao meu ver é sua curta duração, se o jogador for muito bom, pode zerar o jogo em menos de uma hora, mas o fator replay dele é imenso, pois esse lance de poder se transformar e os dois finais, pode render muitas e muitas jogatinas. Tem jogos nos 16 bits, até mesmo clássicos, não tem tanto fator replay quanto esse jogo tem. No geral, o jogo é rico em conteúdo, como puderam perceber aí o tanto de detalhes descritos.

Abel enfrentando seu amigo traíra. Spoiler: Abel enfrentará ele novamente mais a frente no jogo.
Apesar do Hybrid ser um demônio de força fraca, o alcance dos golpes é muito longo, podendo acertar inimigos chatíssimos de longe.
São 4 chefões que dropam as jóias. Aí o jogador pode optar por querer fazer o final bom ou ruim. Os caminhos já foram descritos, agora fica a cargo do jogador. No meu caso, optei pelo final bom. 
Azure Dragon é a minha transformação preferida. Recentemente fiz o final ruim com ele fazendo a sua super transformação.
Já tão percebendo o naipe do jogo né? Demônios, transformações, enredo macabro... Calma que a coisa vai piorar um pouquinho mais. Mas falando do jogo em si, como é um jogo completo. Parabéns aos desenvolvedores, que arriscaram tirar da duração do game em focar no conteúdo, que aliás, o conteúdo é muito bom e variado, aumentando a vida útil do game.





GRÁFICOS

O jogo é incrível graficamente. A ambientação geral do game se inspira bastante em Castlevania, mas eu diria que esse game consegue transmitir a sensação de terror e de ar macabro que a franquia da Konami não consegue fazer. Apesar de vários sprites serem pequenos, e isso é a minha única reclamação, o resto dos sprites são de tamanho médio a grande. Mas independentemente do tamanho dos sprites, eles bem desenhados e as animações são muito bem feitas e são bem variadas, apesar que podiam ter colocado mais frames de animações, mas tá muito bom do jeito que tá. Os sub-chefes e chefões são um show a parte, pois esses sim são grandes e dão aquele clima de amedrontadores. Um destaque de sub-chefe que dou nos gráficos é o Minhocão da segunda fase, pois esse chefe, acreditem ou não, é feito de gráficos pré-renderizados, é isso mesmo, conseguiram misturar muito bem os gráficos feitos ao mão dos cenários e sprites com os gráficos pré-renderizados do Minhocão. Que aliás, ele tem ótimas animações. Essa mistura eu só me lembro de ter visto em Shock Troopers do Neo Geo MVS/AES. Ainda falando dos sprites, o jogador quando acerta os inimigos, jorra SANGUE dos inimigos. Vocês não viram errado! Sai sangue dos inimigos, e o sangue apesar de não ser lá essas coisas, só de ter, já é algo muito legal de se ver, e dá aquele toque macabro de terror que o jogo tenta proporcionar. Os cenários são muito bem feitos, com uma ambientação bem macabra e aterrorizante, incluindo até mesmo animações nos backgrounds. Eu só achei os efeitos de parallax um pouco tímidos, existe, mas parece que o jogo utiliza pouco o parallax nos backgrounds, e para um jogo de 1995 para o Super Nintendo, deveria melhorar o Parallax. O toque que achei bacana, é que a primeira e quinta fase tem uma ambientação angelical, que meio que corresponde a Lúcifer, já que o jogo é sobre demônios. Pesado né?
Uma coisa interessante, mas que é pouco visto, são os efeitos de Mode 7. Alguns chefes utilizam o Zoom In e Zoom Out, e só. É só nisso que utilizam o Mode 7. É um detalhe bacana, mas poxa vida né! Poderiam ter utilizado mais o recurso.
O jogo apresenta uns probleminhas de slowdowns em algumas partes, e uns flickerings. Não é algo atrapalha, mas puta merda né! Flickering em um jogo de Super Nintendo, em pleno 1995, é de cair o cú da bunda!
No geral, os gráficos são lindos, com algumas coisas que destoam dos belos gráficos. Não é um dos jogos mais bonitos do console, mas com certeza pode impressionar alguém.

Esse é um dos poucos momentos onde o Mode 7 é utilizado, com o seu efeito de Zoom.
Dá pra acreditar que esse Minhocão é feito de gráficos pré-renderizados? Os caras conseguiram disfarçar bem.
A quinta fase pra mim é a mais bonita do jogo. Com o cenário de gelo com o background angelical. Essa somatória fez essa fase ser a mais linda de todo o game.
Esse é o penúltimo chefão. Olhem o nível de detalhes que ele possui. Bizarro né? Mas ficou bem feito.












Graficamente o jogo surpreende positivamente. Volto a repetir: não é um dos jogos mais bonitos do Super Nintendo, e apesar de algumas ressalvas, nesse quesito o jogo faz realmente bonito. Pelo menos ele conseguiu ser o que Castlevania não conseguiu, ser aterrorizante.





ÁUDIO

As músicas, elas tentam seguir a linha de Castlevania, porém com um ritmo diferente. E meus amigos... Olha! As músicas não são tão boas não, não são ruins, mas são bem medianas. Elas só fazem um bom decente de criar uma ambientação macabra de terror. As músicas parecem ter sido inspiradas no Rock Industrial, gênero esse que tem bandas como Marilyn Manson, Rammstein, White Zombie e Mushroomhead. Como falei agora acima, até que as músicas passam bem a atmosfera macabra, porém elas não empolgam. Quem compôs as músicas foram Hiroshi Iizuka e Tomohiro Endo. Sobre Hiroshi, eu não consegui encontrar informações do infeliz, mas sobre Tomohiro, esse sim encontrei pouquíssimas informações. O que eu encontrei pela internet, os trabalhos de Tomohiro Endo foram estes:
  • E.V.O. Search For Eden (Super Nintendo)
  • Ys IV: Mask of the Sun (Super Nintendo)
  • Warsong (PC Engine CD-ROM)
  • Sgt. Saunder's Combat! (Super Nintendo)
  • Virtua Fighter 2 (Mega Drive)
  • Langrisser III (Sega Saturn)
  • Assault Suit Leynos 2 (Sega Saturn)
Se tem mais algum trabalho do cidadão, por favor, comentem abaixo da matéria.
Os efeitos sonoros são decentes, os inimigos sofrendo dano são agradáveis, os tiros da Beretta são bem feitos, e tem até vozes digitalizadas. Tá certo que é somente o ruído de quando Abel sofre dano, mas existe. Mas ainda sim, tem coisas nos efeitos sonoros que deixam a desejar, que são os ataques normais dos demônios Hybrid e Centurion, eles são muito chatos e agudos, e podem sim irritar bastante os jogadores.
O trabalho de áudio do game, é ok, mas poderia ter sido bem melhor.

A música da quarta fase é uma das melhores do game, pelo seu ritmo acelerado e agressivo. Ela só pode ficar ruim devido aos tiros do Centurion que são muito chatos.
O som dos tiros da Beretta são bem agradáveis de se ouvir, se não fosse a fragilidade do Abel, eu jogaria com ele o jogo inteiro só por causa da Beretta.
A música da primeira fase é a minha preferida do game. Sabem por quê? Porque ela lembra demais a Beginning, uma das músicas mais icônicas da franquia Castlevania. Uma pena que a primeira fase é curtíssima para poder apreciar a música.
A quinta fase retrata bem o contraste que há na OST do game. A música é esquisita, com um ritmo que ela sabe o que é. Uma pena que a música seja tão feia, já que a fase é bem bonita.











Não me entendam errado. O trabalho de áudio chega a ser bom, mas ele claramente podia ser melhor polido, principalmente nos efeitos sonoros. As músicas não são ruins, mas são bem esquisitas.





JOGABILIDADE

Os controles são uma delícia, são bem responsivos, são bem fluídos, é gostoso de se jogar. O jogador pode ir no menu de opções e mudar a configuração de botões, porém, acho que já a configuração padrão é a melhor mesmo. Botão Y = ataca, botão B = pula. Vou falar agora dos movimentos, digamos, variados de Abel. Apertando o botão B duas vezes, Abel dá um pulo Duplo; segurando o botão Y, Abel solta um ataque carregado, mas ele só pode soltar esse ataque se a barra de poder encher até o máximo, e sim, carregar o ataque tipo Mega Man mesmo; segurando o direcional para baixo e apertando o botão B, Abel faz o movimento de esquiva; e recentemente, só fui descobrir que apertando o direcional para baixo junto com o botão Y, Abel faz um ataque aéreo, mas esse movimento só pode ser realizado durante o pulo.
Como puderam perceber, a jogabilidade desse game pega emprestado elementos de Castlevania e Mega Man. E só de pegar emprestado a jogabilidade dessas duas grandiosas franquias, já vale meu ponto positivo, mas felizmente, esse game conseguiu deixar os controles bem cremosos para deixar o jogo divertido de se jogar.

O controle do pulo duplo desse jogo é um dos melhores de todos os tempos. O jogador pode executar o pulo duplo em qualquer altura, podendo acertar os inimigos a qualquer distância no ar.
Se alguém for speedrunner, pode usar o movimento da esquiva para fazer speed run. O problema é que uma vez feito não pode cancelar o movimento, e pode dar brecha pros inimigos atacarem.
Pular e atacar os inimigos no ar não é tão chato assim, graças aos excelentes controles desse game.
Eu sei que o jogo é inspirado em Castlevania. Mas não acham que essa parte já é plágio do Dracula X?













Se tem um quesito que esse jogo se destaca, e muito, é na sua jogabilidade. Como os controles são gostosos, fazendo o jogo ser uma delícia de jogar.





DIFICULDADE

A primeira vista, o game pode ser muito difícil, pois nas partes de plataforma, tem inimigos que ficam posicionados estrategicamente para derrubar o jogador nos buracos, inimigos que podem vir aos montes, e outros inimigos que ficam tacando projéteis. Porém, eu diria que o jogo tem uma dificuldade alta, mas aceitável. O jogo todo é padronizado, os inimigos vão atacar da mesma maneira e vão se comportar da mesma maneira durante as fases, sem nenhuma surpresa para os jogadores. Se o jogador tiver uma ótima memória, pode zerar o jogo sem nem perder vida, pois além de habilidade, uma dose de memorização é sempre bem-vinda. Agora, vou falar de mais algumas informações extras que tem haver diretamente com a dificuldade.
Nesse jogo, o score é praticamente essencial para o jogador. Isso porque, com o score, o jogador pode ganhar vidas extras e ter uma barra de life aumentada. Isso mesmo! A cada 5000 pontos, o jogador aumenta um pouco o tamanho da barra de life, e ela vai aumentando até o seu limite máximo, e a cada 10000 pontos o jogador ganha uma vida extra. Não se preocupem, mesmo que o jogador ganhe sua vida extra, ele também tem sua barra de life extendida.
Em todas as fases, o jogo disponibiliza ao jogador, 5 minutos para poder completar as fases. Porém, a cada sub-chefe derrotado, o jogo acrescenta 1 minuto do tempo. E acreditem em mim, o relógio vai ser um dos principais obstáculos do game, pois apesar do tempo ser razoável em duração, se o jogador demorar um pouquinho além da conta, vai perder vida pelo tempo esgotado, e perder vida por estourar o limite de tempo não faz o jogador perder a fadinha, assim como cair em buracos. E pra quem deve tá se perguntando, sim, eu já morri por esgotar o tempo, e acho vergonhoso mesmo.
Outra informação que preciso dissertar, é sobre a fadinha. Em algumas fases, aparece a alma da Maria, que é uma imagem dela na cor verde. Se o jogador não tiver a fadinha e encostar na alma da Maria, a alma dela se transformará na fadinha e acompanhará o jogador até ele morrer, pois se o jogador morrer por perder todo o life, a fadinha se sacrificará ressuscitando Abel. Caso o jogador já tenha a fadinha e encosta na alma da Maria, o jogador recuperará o life por completo e de quebra ainda ocasiona uma explosão, matando os inimigos que estiverem na tela. É importante sempre manter a fadinha viva para essas ocasiões.
Eu diria que a principal dificuldade do game são os sub-chefes e os chefões. Alguns são até tranquilos, mas o restante, vão dar muitas dores-de-cabeça aos jogadores, principalmente os últimos chefões e no boss rush da última fase. Ué! Um jogo que pega inspirações também em Mega Man, vocês não acharam que não iria ter boss rush né? Inocentes! Até aprender o padrão de ataque, é possível que os jogadores percam bastante vidas, até dar Game Over. E definitivamente vocês não querem levar Game Over né? Isso porque, apesar dos continues serem infinitos, caso o jogador continue o jogo de um Game Over, resetará não só a pontuação e o número de vidas iniciais, quanto o tamanho da barra de life. SIM! A barra de life volta a ficar pequena que nem no começo do jogo, e o jogador tem que fazer tudo de novo o progresso da pontuação. Nas últimas fases isso vira um inferno, pois os chefes vão arrancar o couro do jogador em poucos danos. Então, não levem um Game Over.
Mas pra compensar essa coisa do Game Over, as fases tem uma quantidade razoável de itens para recuperar o life, e até mesmo alguns monstros servem de maneira para recuperar um pouco do life, esses monstros quando mortos, caem no chão e ficam deitados por alguns segundos, Abel pode devorar esses monstros e ficar recuperando life.
No geral, o jogo não é tão difícil, o que pode complicar mesmo são os chefes, mas com um pouquinho de treino, o jogador tira de letra esse game. Apesar da inspiração em Castlevania, nem de longe o game tem a dificuldade muito alta da franquia da Konami.

Abel pode comer, LITERALMENTE, alguns monstros, que pode ser muito útil, pois é uma das maneiras de recuperar life, não é muito, mas é alguma coisa.
Foi nesse sub-chefe, e nessa segunda fase, que morri por esgotar o tempo. Eu senti envergonhado por morrer dessa maneira.
Essa é uma das partes mais casca-grossa do game, na quinta fase. Pois essa parte é uma área de esmagamento, e se o jogador ficar em um lugar indevido, será esmagado e perderá todo o life.
Esse é o penúltimo chefão do game. E meus amigos, esse na minha opinião é o mais difícil, mais difícil até que o chefão final. Se chegarem nesse infeliz aqui, PREPARE TO DIE!











O jogo tem sim seus momentos que pode empacar o jogador, mas nem de longe o game tem uma dificuldade que chega a ser abusiva como é em Castlevania. A dificuldade é até boa, basta praticar um pouco e persistir mais um pouquinho que o jogador consegue se divertir em Majyuuou.





CONSIDERAÇÕES FINAIS

Majyuuou é um excelente game. Mas depois dessa review, vocês entenderam o por que o game ficou só no Japão? Religião, violência, enredo bem forte, são na minha opinião os principais motivos do game ter ficado só no Oriente. Uma pena meus amigos, pois o jogo tem ótimos gráficos, músicas ok, efeitos sonoros bons, jogabilidade deliciosa e uma dificuldade aceitável, fazem Majyuuou ser mais uma jóia obscura do Super Nintendo. E eu recomendo que quem ainda não conhece ou nunca jogou, joguem, é um excelente jogo que recomendo bastante que conheçam.

Se prestarem atenção, Maria parece estar somente de calcinha e sutiã. Esses japoneses me assustam com o nível de maluquice deles e taradice deles. Mais um motivo por ter ficado só no Japão.
Abel está prestes a pegar a forma suprema, o Rei dos Demônios. Se aparecer essa jóia, final verdadeiro a vista.
Dois monstros espancando uma mulher até a morte. É isso mesmo! Agora tem mais um motivo para perceber o porque o game ficou só no Japão.
A forma suprema faz valer muito a pena fazer o final verdadeiro. Pois como ela é muito forte, quase uma apelação. No boss rush da última fase, ela é quase que essencial para ir pro último chefe mais tranquilo.










Majyuuou é um game bastante obscuro que tive o prazer de ter conhecido, pois pegou mecânicas de gameplay de outras franquias como Mega Man e Castlevania, e conseguiu transformar suas inspirações em um ótimo jogo. Eu recomendo pegar um emulador ou um everdrive e jogar esse ótimo game.





É isso aí galera! Se gostaram dessa matéria, compartilhem para seus amigos para que eles possam ver e conhecer o blog. Comentem o que acharam da matéria e se já jogaram esse game. E sigam o Bonk aqui no Blog e nas redes sociais. Até a próxima, galera retrô!

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